Com o início de um novo ano, muitas pessoas aproveitam o momento para refletir sobre suas metas e prioridades. É nesse contexto que surge o Janeiro Branco, uma campanha nacional voltada à conscientização sobre a importância da saúde mental. O movimento utiliza o mês de janeiro, tradicionalmente associado a recomeços, como um convite simbólico para refletir, reescrever histórias e priorizar o bem-estar emocional.
A psicóloga clínica Priscilla Kivia Chervinski (CRP: 08/27521) reforça que a saúde mental influencia diretamente todas as áreas da vida, desde relações interpessoais até questões profissionais e financeiras. “Quando não estamos bem emocionalmente, isso pode gerar isolamento social, conflitos e até problemas físicos, como distúrbios no sono, fadiga e dores musculares. No trabalho, pode levar à baixa produtividade, dificuldades em tomadas de decisão e até afastamentos”, explica.
Um ponto desse mês é que, apesar de avanços, a busca por ajuda psicológica ainda carrega estigmas em alguns contextos. Segundo Priscilla, muitos associam o pedido de ajuda a uma suposta fraqueza ou falta de autocontrole. Outros acreditam que podem resolver os problemas sozinhos, o que retarda o acesso ao apoio necessário.
É importante ficar atento a sinais que podem indicar a necessidade de apoio psicológico, como: isolamento social, alterações no sono, apetite e peso, perda de interesse em atividades habituais, mudanças frequentes de humor, sentimento persistente de tristeza ou desesperança e comportamentos autodestrutivos ou pensamentos suicidas. Reconhecer esses sinais pode ser o primeiro passo para transformar vidas, destaca a psicóloga.
Dicas simples para melhorar a saúde mental
Práticas cotidianas podem fazer uma grande diferença no bem-estar emocional. Priscilla sugere:
Atividades físicas regulares;
Alimentação equilibrada;
Sono de qualidade e a manutenção de conexões saudáveis;
Reduzir o uso de redes sociais também pode ajudar, especialmente se o consumo excessivo estiver prejudicando o equilíbrio emocional.
O impacto da pandemia de Covid-19 ainda é sentido. “Houve um aumento significativo de ansiedade e depressão. Entre adolescentes, percebo reflexos especialmente no desenvolvimento social”, aponta a especialista. As principais consequências observadas incluem isolamento, distúrbios alimentares e aumento do uso de substâncias.
Para quem nunca passou por terapia, o primeiro contato com um psicólogo pode ser acolhedor e esclarecedor. Durante a primeira sessão, o profissional explica como funciona o processo terapêutico, ouve as queixas do paciente e estabelece objetivos conjuntos. “É um espaço de cuidado e compreensão, onde cada passo é um avanço no bem-estar emocional”, ressalta Priscilla.
Se um amigo ou familiar está enfrentando dificuldades, a melhor forma de ajudar é escutá-lo com empatia e sem julgamentos. Ofereça apoio prático, incentive a busca por ajuda profissional e respeite o tempo da pessoa. O simples ato de estar presente pode fazer toda a diferença.
Fazer uma reflexão neste momento pode ajudar Priscilla propõe algumas perguntas:
Quais desafios emocionais você está enfrentando atualmente?
Você pratica autocuidado regularmente?
Como lida com o estresse ou a ansiedade?
O que deseja melhorar em sua saúde mental em 2025?