08/08/2014

Por: Luis Augusto Cabral

“Eu amo muito o Eder, e seria capaz de tudo para defendê-lo”, disse o artesão Samuel Montoya (4), artesão que há oito anos produz e vende joias e bijouterias no Calçadão da XV de Novembro. Há um ano ele ficou sozinho com o filho, que hoje tem dois anos e está matriculado no Centro de Educação (creche) Mariinha. Nesta quinta-feira (07), Samuel assistiu a apresentação do filho, junto com as demais crianças, na homenagem aos pais.

“Ele estava lindo, cantando com as outras crianças”, disse Samuel, ao dar entrevista à Folha, explicando que a criança demorou uma semana para se acostumar a ficar na creche. “Agora ele acorda cedo e já pega a mochila, para eu trazê-lo para a creche. Aqui eles cuidam muito bem das crianças, só tenho a  agradecer a elas, principalmente a dona Lolari”.

Dificuldades

Samuel chegou em Campo Largo em 2003, para trabalhar numa indústria de joias. Mas depois de algum tempo, ficou desempregado e, como só sabe fazer joias, foi para o Calçadão da XV, onde passou a produzir joias e bijouterias, personalizadas. Seu trabalho é tão bom que em pouco tempo conquistou uma grande clientela, que sempre o procura, pedindo para confeccionar peças especiais.

“Eu conheci uma moça em 2011 e nós tivemos um filho, o Samuel, que hoje tem dois anos. Mas com um ano nós nos separamos, e eu fiquei com o menino. Não fico longe dele por nada nesse mundo. Foi difícil, no começo, mas através da Prefeitura Municipal, eu consegui uma vaga para ele aqui na creche, foi a salvação. Assim posso trabalhar, durante todo o dia, enquanto ele fica aqui, aprendendo muito”, explica.

O artesão contou sobre a sua experiência de ser pai e mãe, ao mesmo tempo. “É muito bom, gosto até da bagunça que ele faz em casa. Nos fins de semana a gente brinca muito, nos parquinhos, na praça, ou na casa de amigos que também têm filhos pequenos”.

Nesse Dia dos Pais, Samuel e Eder têm um programa especial para comemorar a data, ficar juntos, curtindo um ao outro.