01/08/2014
Trecho velho da BR-277 alerta para falta de planejamento
01/08/2014
O Mundo do Trabalho, transmitido pela Rádio Ágape 1400 AM nesta quinta-feira (31), no Programa Em Boa Companhia, de Cris Minuzzo, teve a presença do engenheiro civil e economista Rodolpho Ramina. Ele debateu com Adriano Carlesso - Presidente do Sindimovec, alguns problemas estruturais da cidade e a falta de planejamento, que, muitas vezes, atrapalha o crescimento de Campo Largo.
Ramina é um profissional respeitado, não apenas por sua formação acadêmica, mas, principalmente, por sua atuação em diversos órgãos públicos, entidades e Ongs, tendo sido, na década de 1990 Secretário Municipal de Planejamento de nossa cidade.
Uma das questões abordadas no Programa coordenado pelo Sindimovec, foi a situação do trecho velho da BR-277, que passou a ser uma via de trânsito urbano desde que o contorno de Campo Largo foi inaugurado em 17 de junho deste ano.
Carlesso criticou a falta de posicionamento dos órgãos públicos a respeito da situação e, até mesmo, em relação à falta de interesse destes órgãos em discutir o problema com a sociedade civil organizada, sob a alegação de que não há recursos para investir no local. “Há mais de quatro anos a cidade sabia que a transposição da BR-277 seria feita. Apesar disso, não se planejou, não foram tomadas providências para elaboração de um projeto para captação de recursos junto ao governo federal. Nem mesmo foram feitas ações mais simples, e mais baratas, como a colocação de placas informativas para turistas e usuários da rodovia, indicando as atrações de nossa cidade para tentar diminuir o impacto na vida das pessoas que vivem do comércio e do turismo neste trecho da BR. Afinal, segundo estimativas do próprio governo do estado, mais de 55 mil veículos transitavam diariamente pela rodovia”. Além disso, o Comude (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Campo Largo) vem discutindo esta questão há muito tempo, sem a devida atenção das autoridades.
Rodolpho Ramina ressaltou que o Plano Diretor não previa a transposição da BR, e que agora é preciso planejar o que fazer com a pista velha. “Temos que ver o que a cidade irá fazer com esse trecho de 11 km, que, na prática, passa a ser urbano, mas, legalmente, pertence ao governo federal e passará para o Ministério dos Transportes/DNER. A infraestrutura é muito cara, e esse trecho será a “nossa Linha Verde”, onde a antiga BR-116 cortava Curitiba, onde foi investido muito dinheiro e ainda não foi terminada...”