18/07/2014
Mais de 250 carros e motocicletas, alguns com mais de 20 anos apreendidos pelas polícias Civil e Militar, entopem o depósito da Delegacia de Campo Largo, e se espalham pelas ruas próximas.
18/07/2014
Por: Luis Augusto Cabral
Mais de 250 carros e motocicletas, alguns com mais de 20 anos apreendidos pelas polícias Civil e Militar, entopem o depósito da Delegacia de Campo Largo, e se espalham pelas ruas próximas, causando problemas para os moradores. O delegado Antonio Macedo de Campos Junior disse que está tentando resolver o problema, mas adianta que a solução não depende só dele, e que precisa de um espaço maior.
Há alguns dias os moradores próximos à Delegacia denunciaram o caso ao Poder Judiciário e a Delegacia recebeu pedido da Justiça para listar todos os veículos que estão apreendidos, recolhidos no pátio ou estacionados em ruas próximas. “Estamos tentando cumprir esta determinação da Justiça, dentro do prazo”, adiantou o delegado que, mesmo com carência de pessoal, precisa deslocar funcionários exclusivamente para esse trabalho.
Espaço
“Os moradores têm todo o direito de reclamar”, disse o delegado, adiantando que os veículos apreendidos, inclusive carreta, incomodam. “Eu tenho diálogo aberto com os vizinhos, que podem vir na Delegacia, se alguém estacionar em frente às garagens das residência”, disse ele. Adiantou, ainda, que já tem agenda marcada com o prefeito Affonso Guimarães, para tentar conseguir a liberação de uma área pública que possa receber esses veículos. “Aqui não temos mais espaço”, explicou. “Nós estamos fazendo o possível para não recolher os veículos, os que podem ser devolvidos aos seus proprietários, nós fazemos questão de entregar em dois ou três dias, no máximo”, disse o delegado.
Destaca-se o grande número de veículos queimados, a maioria produto de roubo. Ultimamente os marginais têm praticado assaltos e, após abandonarem os veículos, os destroem, ateando fogo. Na Rua Joanin Stroparo, onde está localizada a Delegacia, existem cerca de dez carcaças, quase todas queimadas. Os moradores reclamam não apenas pela questão do espaço, que os veículos tomam, mas também do perigo da proliferação de ratos e mosquitos. Há, ainda, a questão da desvalorização dos imóveis, apontada por alguns.
O delegado disse que a preocupação dos moradores também é dele. “Nós estamos com cerca de 2.400 inquéritos abertos, uma grande maioria envolvendo automóveis e motocicletas”, e nosso quadro de pessoal é pequeno. Uma solução possível é encontrarmos um depósito público, mesmo que seja longe daqui”, disse ele.