18/07/2014

Por: Danielli Artigas de Oliveira

Os carros seminovos estão sendo mais atrativos aos consumidores. A Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores divulgou levantamento de crescimento de 4,6% nas vendas neste primeiro semestre, comparado a 2013.

Segundo o proprietário da Pigatto Veículos, Claudinei Ribeiro da Cruz, desde 2009 a venda de carros seminovos e usados estava ruim e agora começa a dar bons sinais de crescimento. Segundo ele, os seminovos têm preço mais acessível e com o valor que um consumidor pagaria em um carro básico, consegue comprar um carro melhor e com baixa quilometragem. “Isso porque, em média, um carro 0Km perde 20% de valorização depois de poucos meses de uso”, explica, detalhando que se o comprador precisar vender pouco tempo depois de adquirir o veículo não pode se igualar ao preço de um carro zero.

Claudinei comenta que há muita propaganda de redução de IPI para carros novos, o que acaba sendo atrativo. Durante estes últimos anos ainda foi vantajoso porque as concessionárias pagam um preço bom no usado, se dado como entrada, e as montadoras conseguem oferecer vantagens para o financiamento. Mas, com a atual situação financeira do país, muitos começaram a olhar os carros seminovos de maneira diferente, como um bom negócio, por conseguir qualidade com preço mais acessível ao bolso do consumidor. “Apesar de junho ter registrado uma venda 50% menor em relação aos outros meses desse ano, acredito que vai voltar a melhorar a venda de seminovos”, afirma.

Quanto ao crédito, Claudinei explica que por muito tempo liberavam crédito sem uma análise detalhada do consumidor. Hoje, segundo ele, existem mais restrições, atualização constante de cadastro e uma nova forma de análise, o que tem diminuído o número de inadimplência. “Antes vendia mais, mas tinha muita inadimplência”, completa.

São considerados seminovos os carros com até três anos de uso, acima disso já é chamado de usado.