11/07/2014
Por: Danielli Artigas de Oliveira
A morte de Paulo Sergio Rodrigues na sexta-feira (04), deixou muitas pessoas indignadas. Muitos presenciaram os momentos após o acidente, em que a vítima aguardava por atendimento médico para tentar salvar sua vida. O trecho aonde o acidente aconteceu não é mais responsabilidade da Concessionária RodoNorte, mas, por questões humanas e para tentar salvar Paulo, as pessoas esperavam o atendimento da RodoNorte. Muitos que estavam ali nem o conheciam, mas estavam desesperados pelo que estava acontecendo na frente deles.
Em comentário no site da Folha de Campo Largo, uma leitora detalhou que tiveram “que realizar a sinalização da BR por mais de 40 minutos e, pior, ver uma vida se esvaindo”. Também nos comentários, o lamento de Inês Fabris: “Eu também sou testemunha desse acidente que resultou em morte de uma pessoa por omissão de socorro da RodoNorte. Quero registrar a minha indignação em relação ao descaso da concessionária RodoNorte. Pra vocês terem ideia do descaso, a RodoNorte tem a sede a 300 m de onde ocorreu o acidente, tanto que o meu sobrinho foi a pé para pedir socorro e eles nem deram a mínima, dizendo que não mais faziam atendimento no local, que segundo eles, passou para a responsabilidade da Prefeitura. Não esqueçamos que pagamos caro os pedágios e impostos. 40 minutos depois apareceu Siate, Corpo de Bombeiros e um minuto depois veio a Ambulância da RodoNorte. Só quero dizer ao pessoal da RodoNorte: “felizes são as mãos que cuidam” e vocês deixaram morrer por omissão, pois este não é o primeiro caso que eles não atendem. Estou me sentindo um lixo. Espero que analisem e tenham consciência de que o mais importante é sempre tentar salvar vidas e não omitir socorro”.
Outros comentários também foram postados e a Folha entrou em contato com a assessoria da RodoNorte para saber uma posição da Concessionária sobre o assunto. Segundo informaram, “com relação aos atendimentos em ocorrências no trecho urbano (trecho antigo da BR 277), eles não são mais realizados pela concessionária, desde a abertura da nova pista do Contorno – conforme divulgado anteriormente. Desde então, o trecho urbano saiu da área de atendimento da CCR RodoNorte, seguindo a orientação do contrato de concessão.
A empresa, agora, realiza os atendimentos no novo trecho, enquanto a pista antiga deixou de ser de sua administração, a qual retornou ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Desde então, para qualquer acidente no trecho antigo, que corta Campo Largo, os moradores contam com o atendimento do Samu e do Siate. No momento do pedido de atendimento, havia a informação de que o Siate já estava a caminho. Nesta ocorrência, ainda, foi deslocada a ambulância da concessionária para apoio ao Siate, a pedido do médico da concessionária e também da Polícia Rodoviária Federal. A empresa reitera, porém, que o antigo trecho da BR 277 não faz mais parte de seu escopo de atendimento, ficando esta estrutura direcionada para o atendimento ao trecho da nova rodovia, no Contorno e na ligação entre Curitiba e o Interior”.