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Comércio

05/07/2014

Comércio sente o custo da Copa

Comércio

05/07/2014

Por:Danielli Artigas de Oliveira

“Está fraco”. Essa frase tem sido quase unânime ao questionar comerciantes em Campo Largo. O faturamento abaixo do esperado desde janeiro, comparado ao ano passado, foi sentido ainda mais em junho, mês tão esperado pelo início da Copa do Mundo. Parece que tudo parou, empresários estão preocupados com o que ainda está por vir.

Em entrevista com alguns comerciantes, de diferentes áreas, todos reclamaram que junho fechou muito abaixo do esperado, nem mesmo o Dia dos Namorados salvou. Um empresário disse que este mês o faturamento foi 40% menor se comparado ao ano passado, motivo de preocupação, já que os primeiros meses do ano também já houve uma defasagem de aproximadamente 20% em relação a 2013.

Inseguros do que ainda pode vir para este mês de julho, os empresários temem fazer mais investimentos e tentam se prevenir, evitar gastos altos, para que a surpresa para agosto não seja pior. Acredita-se que não é apenas esperar a Copa do Mundo acabar para o comércio voltar, pois ainda é ano de eleições e, com a incerteza econômica, o comércio deve sentir ainda mais nos próximos meses. Muito se ouve dos comerciantes que queriam que a Copa logo acabasse, chegam a torcer para o Brasil perder, para ver se as coisas começam a melhorar.

Endividamento e contas atrasadas

Segundo a Federação do Comércio do Paraná – Fecomércio, o número de paranaenses endividados aumentou no mês de junho, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio PR). Neste mês, 88,7% das famílias afirmam possuir algum tipo de dívida, enquanto em maio esse percentual era de 84,5%. Em junho de 2013, o percentual de consumidores com dívidas era de 87,8%. O endividamento dos paranaenses continua bem acima da média nacional, que contabiliza 62,7% das famílias com dívidas.

Junho também registra um volume maior de famílias com contas em atraso, que passou de 26,8% em maio para 27,6%. A diferença é ainda mais expressiva ante junho de 2013, quando 18,7% dos entrevistados estavam com os pagamentos em aberto.

O percentual dos consumidores que não terão condições de quitar suas dívidas se manteve estável. Era de 9,9% no mês passado e está em 10,2% em junho. No mesmo mês do ano anterior, 6,2% das famílias revelaram que não conseguiriam pagar as contas atrasadas. O cartão de crédito continua sendo o principal motivo das dívidas para 64,4% dos paranaenses, seguido pelo financiamento de veículos (13,6%) e pelo financiamento imobiliário (10,6%).