19/10/2013

Um engenheiro ou uma empresa especializada em perícia, deverá ser contratada pela CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito, da Câmara Municipal de Campo Largo, para levantar a real situação das obras da UPA II, localizada na Francisco Xavier de Almeida Garret, Populares Velha. Iniciadas em 2009, as obras já deveriam estar concluídas, os móveis e equipamentos comprados e funcionários contratados. Mas até agora o que se vê é uma obra inacabada e o prejuízo da população.

O Município tem até março de 2014, último prazo para colocar a unidade em funcionamento. Caso contrário, deverá devolver mais de R$ 2 milhões à União, valor repassado ao Município para a construção e compra de móveis e equipamentos. No final do mês de setembro, a Câmara instalou a CPI para investigar o que aconteceu com o dinheiro destinado às obras. Antes, outra Comissão, composta por três vereadores, chegou à conclusão de que havia algo de errado e os vereadores optaram por criar a CPI, que tem mais força para investigar.

Perícia

Fazem parte da CPI os vereadores Josley Andrade, Sueli Guarnieri e Rosicléa Oliveira (Cléa), sob a presidência de Rosicléa e relatoria de Sueli. Eles estão trabalhando diariamente no levantamento de informações e coleta de documentos. Na última quarta-feira eles ouviram o depoimento do engenheiro da Comlar, José Roberto, o qual relatou com detalhes o passo a passo da execução das obras, desde o início.

Segundo Cléa, “nós ainda estamos verificando os documentos, sabemos que deve existir algo de errado, até porque não havia segurança e, por isso, o imóvel, ainda inacabado, sofreu invasão, vandalismo e roubo. A UPA já devia estar funcionando desde o final do ano passado”, explicou.

“Estamos com dificuldade para contratação de um perito, todos os que foram contatados, até agora, não aceitaram. O profissional não pode ter vínculo partidário. Vamos ter que abrir uma licitação, para contratar um perito de fora, ou uma empresa especializada em perícia, para efetuar a situação da obra, medir, conferir o que já foi pago e se todos os gastos estão dentro da lei”, adiantou.

Os vereadores de Campo Largo têm 90 dias, prorrogáveis por mais 60, para apurar as possíveis irregularidades. Iniciada em 2009 a obra já consumiu mais de R$ 1,5 milhão. Além desse, o Município tem mais R$ 500 mil, do Ministério da Saúde, destinados ao aparelhamento da unidade, e mais R$ 400 mil, solicitado em 2013 pela atual administração, para a conclusão das obras. Mas a obra continua paralisada.