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Câncer

05/10/2013

A luta para vencer o câncer de mama

Câncer

05/10/2013

Esta semana teve início o Outubro Rosa, movimento popular que tem como objetivo conscientizar as mulheres para detecção precoce do câncer de mama, que é a segunda causa de morte entre mulheres. Só em 2011, foram 13.225 vítimas no Brasil.

Câncer é um assunto sério, pois é uma doença que quando começa a apresentar sintomas já está em estágio avançado. Por isso é tão importante a realização de campanhas para que seja estimulada a prevenção. Se diagnosticada precocemente, as chances de cura aumentam muito.

A psicóloga Chrystiane Chemin descobriu neste ano que tinha câncer de mama. Ela conta que anualmente fazia exames ginecológicos e mamografia, depois dos 45 anos passou a fazer exames a cada oito meses e nunca tinha apresentado nenhuma anormalidade. Em fevereiro deste ano, quando estava tomando banho, no autoexame sentiu um nódulo pequeno, que não doía. Logo entrou em contato com sua ginecologista, que orientou que ela antecipasse a mamografia. Nesse exame não apareceu muito nítido, já que o nódulo ainda era pequeno, então foi preciso fazer uma ecografia e então foi confirmado o nódulo, mas que ainda precisava da biópsia para ter certeza se era câncer.

Na primeira biópsia não foi detectada a doença e o procedimento foi repetido, quando então se confirmou o câncer de mama. Quando recebeu a notícia do oncologista, estava com seu marido e uma das três filhas. “A força da família é muito importante, porque nunca estamos preparadas para uma notícia dessa, é um susto. Tem que ter muita fé”, declara Chrystiane.

Ela passou por uma cirurgia que retirou todo o tumor e nessa mesma operação o médico já fez a reconstrução da mama. “Por isso é importante o diagnóstico precoce, as pessoas têm que se conscientizar de que pode acontecer com qualquer um”, alerta ela. O câncer se espalha rapidamente e comprometeu linfomas na região da axila - para garantir que não fique nenhuma célula doente é necessário o tratamento com quimioterapia e radioterapia.

A cirurgia foi realizada em junho e no mês seguinte Chrystiane já começou a fazer quimioterapia, a qual é realizada a cada 21 dias. Ela comenta que são quatro quimioterapias vermelhas, das quais falta fazer apenas uma – são usados antibióticos tumorais que atuam interferindo na divisão celular. Depois são 12 sessões da branca e então serão necessárias mais 30 sessões de radioterapia.

Chrystiane explica que com o tratamento se sente mais cansada, a pele fica mais seca, o humor muda muito e a imunidade fica baixa, por isso precisa de uma dieta especial, com muita vitamina para se fortalecer. Por recomendação médica, ela tem que evitar circular onde há aglomeração de pessoas, para evitar pegar outras doenças. Caminhadas também são muito importantes.

“Na luta contra o câncer, em muitos momentos a gente não se reconhece porque acontecem muitas mudanças. Por isso, temos que olhar para nós, nos gostar, principalmente as mulheres, temos que continuar vaidosas”, comenta ela. Uma semana após a primeira quimioterapia já começou a cair seu cabelo e como se incomodava com os fios caindo, na segunda semana foi no salão cortar o cabelo. “Minhas filhas foram comigo, sempre me dando muita força. Na hora me segurei, mas depois chorei muito de pensar em tudo que estava acontecendo e em como eu estava”, comenta. Mas Chrystiane se mostra muito forte e tem superado todos os problemas, encarando a doença com muita fé.

Ela conta que até tem duas perucas muito bonitas, mas não gostou de usar e resolveu assumir. Passou a usar lenços e a cada dia está com um diferente, combinando com a roupa, e ainda impressiona a todos com seu estilo e com o jeito de sempre se manter vaidosa, bem arrumada e maquiada. Para ela, uma das grandes lições da doença é a importância da pessoa se gostar.

“Deus nos dá muita força. Neste momento é muito importante o amor e oração da família e dos amigos”, relata ela, que pede para Deus lhe mostrar qual é o ensinamento que Ele quer passar com essa doença e como ela deve passar isso adiante. Ela já tem ideia de, após o tratamento, realizar trabalhos de conscientização e prevenção do câncer de mama. “Sei que tenho condições de lutar e vou sair vitoriosa, não posso me entregar”, enfatiza.