28/09/2013
Câmara instaura CPI para investigar gastos na construção da UPA II
28/09/2013
Os vereadores de Campo Largo têm 90 dias, prorrogáveis por mais 60, para apurar as possíveis irregularidades na construção da Unidade de Pronto Atendimento, UPA II, em Campo Largo. A obra iniciada em 2009 já consumiu mais de R$ 1,5 milhão e ainda não ficou pronta. Além desse valor, o Município deve ter mais R$ 500 mil, do Ministério da Saúde, depositados em conta específica, especialmente destinados ao aparelhamento da unidade, e mais R$ 400 mil, solicitado em 2013 pela atual administração que remanejou de outra rubrica, com autorização da Câmara Municipal, para o término da obra.
A Comissão Parlamentar de Inquérito, que vai investigar a obra, foi aprovada pelos vereadores na sessão da última segunda-feira (23), após a leitura do relatório de outra comissão, montada há quatro meses para levantar informações. Nesse período, os vereadores Luis Rossato, Fernanda Queiroz e Darci Andreassa, concluíram a existência de sérias irregularidades e, para apurar mais profundamente o caso, foi sugerida a criação de uma CPI, que agora está sendo instaurada. Os vereadores que comporão a nova comissão são Joslei Andrade, Sueli Guarnieri e Rosicléa Oliveira.
CPI
O presidente da Câmara Municipal de Campo Largo, vereador Dirceu Mocelin, destacou a importância das investigações, a cargo da CPI. “Temos a obrigação de apurar as possíveis irregularidades e, se comprovadas, propor a punição dos responsáveis. Se a UPA não estiver pronta e funcionando, até o final do ano, o Município terá que devolver os recursos de mais de dois milhões de reais, ao Ministério da Saúde, e isso não podemos admitir”, explicou ele.
Mocelin lembrou que a UPA destinada a Campo Largo, de porte II, deveria estar pronta e funcionando já em 2010. São mil metros quadrados de área construída, com capacidade para atender até 600 pacientes por dia, com 12 leitos e quatro médicos, dois clínicos gerais e dois pediatras, pelo menos. O vereador disse que a não conclusão da obra está causando graves prejuízos aos campo-larguenses.
A CPI, segundo o presidente do Legislativo, terá todo o apoio da presidência, inclusive com a autorização para a contratação de auditores e profissionais de Direito independentes, se necessário, para apurar com isenção as possíveis irregularidades. Ele lembrou que a comissão anterior, que visitou a obra no início do ano, encontrou muitos problemas, inclusive depredação do que já estava pronto, como portas arrombadas, teto quebrado e outros danos, que a CPI, agora, vai apurar em detalhes.