19/09/2013
Agências bancárias de Campo Largo também aderiram à greve nacional dos bancários, a partir desta quinta-feira (19).
20/09/2013
Para reivindicar melhores salários e condições de trabalho, levando em consideração os lucros bilionários dos bancos, os bancários entraram em greve nesta quinta-feira (19). Em Campo Largo as agências também aderiram à paralisação, como ocorreu em todo o Brasil. Durante a greve, os clientes devem realizar as operações pelo internet banking, celular, casas lotéricas ou em estabelecimentos comerciais credenciados.
O período da greve ainda não tem tempo determinado, até que sejam atendidas a demanda da categoria. A greve foi organizada em uma assembleia no último dia 12 deste mês, na qual foi rejeitado o reajuste de 6,1 proposto pela Fenaban, sem aumento real de salários, piso, verbas e PLR.
“Durante a última reunião, no dia 05 de setembro, os negociadores da Fenaban disseram que o reajuste de 6,1% era a proposta final. Diante desta posição intransigente dos banqueiros em negociar seriamente, não sobrou outra resposta aos bancários se não a greve”, explica Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. “A categoria considerou a proposta uma provocação, principalmente porque não apresenta avanços nas questões fundamentais – como fim da pressão por metas, melhores condições de trabalho, mais empregos e segurança”, completa.
Segundo informações do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, lucros que ultrapassam a casa dos R$ 30 bi somente no primeiro semestre, tarifas que cobrem toda a folha de pagamento das instituições financeiras, com sobras, e executivos e acionistas ganhando cada vez mais, quando confrontados com a realidade dos trabalhadores adoecidos geram profunda revolta. “Não é possível que os bancos continuem explorando seus funcionários e na hora do devido reconhecimento venham com uma proposta rebaixada, sem aumento real e que não leva em consideração os verdadeiros problemas de saúde e condições de trabalho”, destaca o presidente do Sindicato.
“O tamanho da nossa mobilização refletirá nos nossos avanços e conquistas. Vamos mostrar aos banqueiros quem são os verdadeiros responsáveis pela produtividade e pelos lucros bilionários”, afirma Otávio Dias.