13/09/2013

Imagine juntar alunos de uma escola pública que querem aprender a tocar um instrumento, cantar e até criar músicas, em apresentações que misturam até teatro. Isso existe: é o Coral J 23, do Colégio João XXIII, na Rondinha, que há quatro anos cresce e se aprimora cada vez mais sob a tutela do professor de Artes Geovani Dallagrana, campo-larguense nascido no Timbotuva (Ferraria), e que, embora tenha apenas 28 anos de idade, já conta com 11 de magistério.

São 11 anos dedicados à educação e ele considera que ser educador é uma das coisas mais importantes de sua vida, pois vê a educação como grande instrumento de inclusão social e de solidariedade. A apresentadora Chris Minuzzo destacou na entrevista - que aconteceu nesta quarta-feira (11) no Programa “Em Boa Companhia”, da Rádio Ágape - o trabalho de Geovani com o Coral J23 – que vem mexendo com a vida de todos na escola e é um dos projetos que este jovem vem construindo por onde passa e dando oportunidades de crescimento pessoal, cultural e de participação para muitas crianças e adolescentes.

Geovani conta com o apoio de amigos, professores e funcionários, alunos e pais de alunos, principalmente da direção da escola – a diretora é a professora Maria de Lourdes Gionedes Rinaldim, que é fã número um deste projeto.

Maria de Lourdes há 30 anos trabalha na escola e é diretora da mesma há seis, não somente apoia como se envolve em outros projetos que Geovani participa com colegas e alunos. O Projeto Leitura, onde todos os dias, na primeira aula da manhã ou da tarde, são dedicados 15 minutos de alunos, professores e funcionários para a leitura. A escola já está formando muitos leitores, que trocam livros entre si, criam debates interessantes sobre autores e alguns até já começaram a montar bibliotecas em suas casas.

Outro projeto que acontece semanalmente na escola é do resgate do civismo através da prática de cantar e conhecer os hinos, principalmente o Hino Nacional Brasileiro. Relativo à isso, a escola fez importante apresentação no dia 7 de setembro, representando Campo Largo no desfile oficial do Dia da Independência em Curitiba. A escola conta ainda com projetos de Poesia, de Incentivo ao Estudo e possuem uma banda de rock de verdade, formada por professores e alunos que se apresentam caracterizados.

Mas a grande sacada da escola é, com certeza, o Coral J 23, orientado pelo professor Geovani. Segundo o professor, o sucesso do Coral se dá principalmente em função do apoio e do trabalho coletivo: “Os alunos querem e precisam ser reconhecidos e valorizados. Não existe restrição para entrar no Coral, basta querer aprender ritmos, melodias e técnica vocal, ou aprender a tocar algum instrumento.

Em nossa equipe, os alunos escolhem seus instrumentos musicais, ajudam uns aos outros e criam as falas quando existe alguma apresentação que incorpora o teatro ao Coral. A forma democrática e participativa de como fazemos este Coral no dia a dia vem transformando cada um de nós e também a escola”, conta Geovani, que afirma que a música, a união do grupo e o empenho de cada um dos vinte alunos participantes reflete com boas notas e na harmonia da escola.

O Coral já se apresentou em várias oportunidades e mais recentemente na Casa de Cultura, num dos encontros da Academia Campolarguense de Poesia.