10/09/2013

Fonte:G1.com

Foto:Site oficial do Coritiba/Divulgação

Antes de se machucar, Alex levou o Coritiba à vice-liderança do Brasileirão. Enquanto esteve ausente, o time sentiu, perdeu espaço, saiu do G-4. Na sua volta aos titulares, o meia balançou a rede contra o Botafogo, quinta-feira, e marcou em dose dupla contra o São Paulo, domingo. Chegou a nove gols, entrou na briga pela artilharia e espera recolocar o Coxa na luta pelo título. Apesar do bom momento, o jogador de 35 anos acredita que não tem espaço na seleção brasileira.

- Felipão desenhou um time na Copa das Confederações, ele tem já alguns jogadores, tem uma imaginação daquilo que tem que fazer, e eu realmente não me vejo nessa situação. Seria o máximo, seria espectacular, mas realmente não acredito não - disse.

O histórico de Alex com Seleção e Felipão vem desde 2002, quando o atleta fez parte de todo o processo preparatório para o Mundial da Coreia do Sul e do Japão, porém, não foi convocado para o Copa. No último jogo antes da convocação, um amistoso contra a Islândia, em Cuiabá, Felipão abriu mão de começar com Alex para ver Kleberson, Gilberto Silva e Kaká  jogando. Nomes que acabaram seguindo para a Copa do Mundo de 2002, ao invés de Alex. Sem ressentimentos, Alex seguiu em frente e passou pelo Cruzeiro e Fenerbahçe, antes de retornar ao Coritiba.

- Sempre busquei respeitar a história dos clubes, seus torcedores e fazer o meu trabalho, que é jogar bola. Foi assim aqui no Coritiba, foi assim no Palmeiras, no Cruzeiro e também na Turquia. Então, nunca busquei uma idolatria - disse.

De volta ao lar

Desde outubro do ano passado Alex está de volta ao Brasil. Porém para quem acha que abandonar a Turquia, para recomeçar no país natal, é algo fácil, o jogador garante que não é tão simples assim. Pelo tempo passado fora, voltar requer adaptação de toda a família.

- Pessoas falam que você voltou pra casa, está na tua cidade com a tua família, mas eu morei muito tempo em Istambul. Morei oito anos e meio lá. Minha filha mais velha tem nove anos e foi para Istambul com nove meses, meu filho mais novo tem três e agora é que eles estão conhecendo a realidade de Curitiba - disse.

A experiência no Fenerbahçe serviu para que Alex conhecesse uma nova realidade em termos de trocida. Foram 378 jogos,185 gols e com direito a estátua em sua homenagem na frente do clube. Prova de amor da torcida turca

- O fanatismo turco é muito maior que o brasileiro, não tem nem comparação. A maneira que o povo turco olha o futebol é muito maior, muito mais ampla - recordou.

Com a maior nota da rodada no Troféu Armando Nogueira, Alex mostra que os seus 35 anos refletem experiência em campo. Inspirado em jogadores como Zé Roberto e Seedorf, o meia do Coritiba tem dois sonhos.

- Meu principal sonho é terminar de jogar num bom nível e poder escolher o momento de parar, antes que comecem a me parar - finalizou.