30/08/2013
30 de agosto – data histórica para a educação pública no Paraná
30/08/2013
O tema da entrevista da semana no Programa Em Boa Companhia desta quarta-feira (28) foi Educação, e a apresentadora Chris Minuzzo recebeu a Professora Janeslei Albuquerque, da Direção Estadual da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação–Sindicato forte, mobilizador, formador e atuante, que luta por uma educação de qualidade em defesa da educação pública como dever do Estado e direito de todos. No Brasil, todos os trabalhadores em educação estão organizados em sindicatos. A APP-Sindicato possui 29 Núcleos Sindicais espalhados por todo o Estado e é filiada à CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), à CUT (Central Única dos Trabalhadores), ao Fórum Paranaense em Defesa da Escola Pública e ao Fórum dos Servidores Públicos do Paraná.
A professora Janeslei Albuquerque atua há mais de vinte anos na rede pública estadual, possui licenciatura plena em Letras, especialização em Literatura Brasileira, é mestre em Educação, militante da APP-Sindicato, coordenadora da Secretaria de formação Política-Sindical da APP-Sindicato, militante da Marcha Mundial de Mulheres, representante da CUT, e participa como sociedade civil no Conselho de Ensino e Pesquisa da UFPR. A conversa girou em torno dos 25 anos do triste episódio ocorrido no dia 30 de Agosto de 1988 - e do próximo, que acontece em Curitiba nesta sexta-feira, com a paralisação das escolas públicas do Estado e concentração dos trabalhadores e trabalhadoras da educação no centro de Curitiba. Por reivindicar melhores condições de trabalho, em 1988 a categoria foi covardemente atacada pelas bombas e cassetetes da polícia, do então Governador Álvaro Dias. Lá se vão 25 anos, e a luta permanece mais viva e forte do que nunca. A cada 30 de agosto, as escolas públicas do Paraná paralisam as aulas e vão às ruas para denunciar a violência sofrida naquela data (para que esta não volte a se repetir), e ao mesmo tempo, para levar ao governo e à sociedade as principais reivindicações - dos 33% de hora-atividade, realização de concursos públicos por universidades públicas para professores (as) e funcionários (as), reabertura do debate da matriz curricular e o novo modelo de atendimento à saúde. Acrescenta-se a isso a pauta nacional: destinação dos royalties do petróleo para a educação, a aprovação do Plano Nacional da Educação, o arquivamento do Projeto de Lei 4330 da terceirização, reforma política, democratização dos meios de comunicação, entre outras.
“Em mais um 30 de Agosto, fazemos memória da nossa luta e seguimos fazendo história, reafirmando essa data como marca da nossa trajetória em defesa da escola pública e dos educadores ao mesmo tempo em que apresentamos, mais uma vez ao governo nossa pauta de reivindicações. Infelizmente, ainda temos lições simples a serem ensinadas a governos que teimam em não aprender: não se atrasa pagamento de direitos salariais aos trabalhadores e trabalhadoras da Educação. 30 de Agosto de 1988 e 30 de Agosto de 2013 definem um percurso de lutas e persistência de uma categoria que nunca se desmobilizou, que nunca desistiu de suas pautas e que sempre lutou, além da sua luta corporativa e justa por salário, carreira, concurso e condições de trabalho, também por uma sociedade justa e igualitária e em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade como direito de todos e todas e como dever do Estado.” – afirmou a professora Janeslei Albuquerque, que ressaltou aos ouvintes do Programa Em Boa Companhia que as famílias podem e devem se envolver nesta luta – que é de toda a sociedade, de todos (as) que desejam um mundo melhor, e que, através da Educação Pública de Qualidade, este mundo será, sim, cada vez mais possível.