24/08/2013
Moradores do São Luiz vivem dias sem esgoto e sem rumo
24/08/2013
A implantação da rede coletora de esgotos no São Luiz causou uma série de problemas para os moradores do bairro, principalmente da rua São Silvestre e proximidades. É que o bairro tinham uma rede construída pelos próprios moradores, que acabava despejando num córrego, no fundo do vale, todo o efluente das casas. As obras acabaram por destruir essa rede e eles não têm como ligar na rede nova, que ainda não está funcionando.
A Reportagem da Folha de Campo Largo recebeu vários pedidos de moradores do bairro, denunciando o caso. Com a rede de esgoto velha destruída, o efluente das casas continuou a ser direcionado para aquela manilha que, estourada, espalhava sujeira por toda a rua. O pessoal que mora na parte mais baixa é quem sentia o mau cheiro e os problemas para entrar ou sair de casa.
Obras
Na manhã desta quarta-feira o caso foi levado pela Reportagem da Folha ao conhecimento da Sanepar e uma equipe da companhia esteve no local, verificando a situação e tomando algumas providências para diminuir os problemas enfrentados pelos moradores. A nova rede de esgoto não poderá ser utilizada enquanto as obras não forem concluídas, provavelmente em Março de 2014, com a construção de uma estação elevatória que a ligará o bairro à Estação de Tratamento do Cambuí. Enquanto isso, os moradores querem que a rede clandestina seja refeita, porque eles não têm onde despejar os efluentes das suas casas.
O engenheiro Mario Samway, da Sanepar, informou à Reportagem que o problema do bairro é antigo e que quando as obras foram iniciadas, o vazamento da rede clandestina já existia. Segundo ele, a empreiteira LFM, que executa as obras de implantação da rede, deixou a rede velha funcionando, até fez alguns reparos para reduzir o vazamento. Lembra que os moradores, que construíram a rede velha, o fizeram de forma errada e que esta deve ser abandonada em Março de 2014, quando todos deverão ligar o esgoto das casas à nova rede.
Segundo o engenheiro, os efluentes não podem ser despejados no córrego, como está acontecendo hoje, porque causam sérias contaminações ambientais.
O pacote de obras que a Sanepar executa, em toda a cidade, compõem 35 quilômetros de rede coletora, duas estações elevatórias e ampliação da ETE do Cambuí, e deverão estar concluídas em 2014.