24/08/2013

“A missa passa a ter outro sentido como padre, é uma sensação totalmente diferente, a voz sai com outra força, as palavras vêm do coração. É uma missão maior, uma sensação de pertencer muito forte”, declara Padre Anderson, que foi ordenado no último dia 10 em uma linda celebração na Igreja São Sebastião, na Rondinha.

Ele relata que foi uma festa fantástica, em que Rondinha inteira comemorou. Fiéis de muitas paróquias de Campo Largo estiveram presentes, além de todos os seminaristas da Arquidiocese, grande número de padres e todos os bispos da Arquidiocese. A celebração foi presidida pelo dom Moacyr José Vitti.

Os momentos mais emocionantes foram quando o bispo colocou as mãos sobre ele transmitindo o mandato dos apóstolos e o momento em que ele unge as mãos do sacerdote e as amarra com uma fita – que significa que as mãos são sagradas para o sacramento. Neste momento, Anderson foi até a direção de seus pais para que sua mãe desamarrasse as fitas, representando que a família acolhe, mas ao mesmo tempo solta as mãos dele para que realize o sacramento. “Foi um momento de muita emoção. Muitas pessoas chorando. Foi lindo”, declara.

A igreja ficou lotada para a celebração e até mesmo foi preciso ser montada uma tenda ao lado, com um telão, para que coubessem todas as pessoas. Após, eles seguiram para um almoço festivo na capela Santo Antonio dos Quadras.

Agora atuando como padre, Anderson tem duas missões. A primeira como vigário de Rondinha, ajudar o Padre Osmair na Paróquia e a segunda, como promotor vocacional, trabalhar para encontrar candidatos ao seminário, para participar da mesma experiência pela qual ele passou.

“Como pessoa, toda a comunidade sempre teve um carinho muito grande por mim, mas como padre isso é ainda maior”, comenta. Anderson explica que os padres são colaboradores do bispo e têm a função principal de rezar missa, atender confissões e ungir os enfermos. Ele comenta que a liturgia é bem elaborada e expressa em símbolos o que se celebra. Padre é a representação de Jesus Cristo e as pessoas têm com esse sacerdote um sentimento de parentesco espiritual, que vem com o sacramento da ordenação. “Padre tem que ser aquele que compreende e ajuda, não só aquele que disciplina. É a ponte entre a pessoa e Deus”, detalha.

Sobre Campo Largo, ele diz que o município tem muitas pessoas bem religiosas, que frequentam a missa, querem estar mais próximos a Jesus, confiam em Deus, celebram com muito amor, deslumbram o mistério que é a Eucaristia e aprendem a ser discípulos frequentando a missa. O padre destaca a missa de domingo, em que cada liturgia tem um ensinamento.

Vida

Padre Anderson é de Curiúva, interior do Paraná, e foi batizado na Paróquia do Divino Espírito Santo. Ele conta que admirava muito o Padre Pedro Zelinski, que o inspirou a querer ser padre também. “Um excelente pastor”, acrescenta.

Aos 15 anos Anderson entrou no Seminário Menor em Ponta Grossa. Depois estudou Teologia na PUC em Curitiba, seguiu os estudos em Teologia no Studium Teologicum também em Curitiba. Participou dos Seminários Rainha dos Apóstolos e do Santíssimo Sacramento. Veio para Campo Largo como seminarista na Paróquia da Rondinha e atuou como diácono de fevereiro a agosto de 2013. Anderson é o primeiro padre na família dele.