23/08/2013
Quantos deficientes residem em Campo Largo? Quem são eles? Qual o nível de capacitação? Estão empregados? Quais as dificuldades que enfrentam no mercado de trabalho? As respostas a essas e muitas outras questões é o que busca um grupo formado por representantes de empresas e entidades que trabalham ou mantém contato com deficientes. O movimento é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e indústria Caterpillar, onde o objetivo principal é a integração entre o deficiente e as empresas, visando a inclusão no mercado de trabalho de forma justa e responsável.
“A ideia é mover uma ação onde todos ganham”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico Lucir Marchiori, referindo-se às dificuldades enfrentadas pelas empresas e pelos deficientes no preenchimento das vagas de emprego ofertadas.
Em reunião no gabinete da prefeitura no último dia 20, várias questões foram abordadas com sugestões de mudanças e ações que possibilitem ao deficiente a inclusão no mercado de trabalho com possibilidade de ascensão como qualquer outro trabalhador, e não apenas em cumprimento a uma lei. Uma das sugestões é que as empresas ofereçam cursos de capacitação aos deficientes e que estes sejam motivados ao trabalho. “Trabalho permite a socialização e dignidade, possibilitando a transformação na vida da pessoa”, destaca a assistente social Marilda de Andrade.
BPC, o vilão
Em geral quando se trata de emprego ao deficiente, o BPC-Benefício de Prestação Continuada é visto como o vilão, já que acaba figurando como empecilho à busca de emprego pelo deficiente. O BPC é um benefício pago pelo Governo Federal a deficientes com renda mensal familiar per capita inferior a ¼ do salário mínimo. Segundo Marilda, há uma ideia equivocada de que, ao assumir uma vaga no mercado, o deficiente vai perder o benefício. “O benefício é suspenso temporariamente, mas pode ser retomado em qualquer momento”, explica.
Sob outro aspecto, há também deficientes que não se enquadram na faixa de concessão do BPC e ao mesmo tempo estão fora do mercado de trabalho. Em muitos casos, há falta de conhecimento sobre a legislação e esta é uma das propostas do grupo, a de possibilitar acesso à informação.
Como primeiro passo, para que as ações possam ser efetivadas, o grupo elegeu a formação de um cadastro geral dos deficientes no município. Desse modo, para a próxima reunião, deverão ser levados os cadastros de posse de cada um dos representantes dos vários segmentos que formam o grupo para o cruzamento e soma de dados. “Desse modo poderemos ter uma ideia, mesmo que não precisa, do perfil em Campo Largo”, opina o secretário de Desenvolvimento Econômico Lucir Marchiori.
Para a reunião, estão convidados representantes de empresas e todas as pessoas interessadas. Será no próximo dia 3 de setembro, às 14h30, na sala de reuniões, bloco 1 do Centro Administrativo Municipal, na Av. Padre Natal Pigatto. Melhores informações podem ser obtidas pelos telefones 9207-6057(Luz Marina), 3291-5066(Marilda).
Movimento
Participaram da reunião, no último dia 20, representantes do Cemae, Caterpillar, ERCE, Agência do Trabalhador, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Departamento de Comunicação da Prefeitura, Sesi/Fiep, Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria Municipal de Assistência Social.