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Geral

Enem

20/08/2013

Professor é condenado a 6 anos de reclusão por vazar questões do Enem

Enem

20/08/2013

Fonte:G1.com

Foto:Reprodução

O professor do Colégio Chritus, de Fortaleza, foi condenado a seis anos de reclusão pelo vazamento de 14 questões do Exame Nacional do Ensino Média (Enem) em 2011. Na época, o professor distribuiu um simulado do exame que continha questões iguais às que foram usadas no Enem. A decisão condenatória foi publicada nesta segunda-feira (19)

Segundo denúncia do Ministério Público Federal, o professorJahilton Motta havia conseguido as questões por meio do pré-teste, uma prova realizada um ano antes do Enem para definir o nível de dificuldades das questões do exame nacional e que, em alguns casos, tem questões aplicadas também no Enem.

"Registro os seguintes dados quanto ao réu Jahilton José Motta: culpabilidade grave, porquanto sua conduta se deu de modo a abusar de relação de confiança de seus alunos e companheiros professores", afirmou o juiz Danilo Fontenelle Sampaio na setença. O juiz determinou também o pagamento de multa de 400 salários mínimos, que deve ser pago em até 10 dias após a decisão condenatória.

O juiz afirmou ainda que o vazamento das questões "ocasionou transtornos a diversos alunos em todo o Brasil e à própria administração pública federal, que se viu obrigada a fazer profundo levantamento quanto à real extensão do ato delituoso que comprometeu a própria credibilidade da seleção de alunos pelo Enem".

O professor foi condenado por comprometer o conteúdo sigiloso da prova do exame nacional, que teve 300 mil inscrições em 2011, e por estelionato. Outras quatro pessoas denunciadas pelo Ministério Público Federal no Ceará foram absolvidas. O G1 tentou ouvir o advogado do professor e do Colégio Christus, mas as ligações não foram atendidas.

O Ministério Público Federal também havia pedido a anulação das questões vazadas, que foi negado pela Justiça. As questões, no entanto, foram anuladas para os estudantes do Christus. Na época, o Inep afirmou que a questão anulada apenas para os alunos cearenses iria garantir a isonomia da avaliação.