O Parque do Mate está localizado às margens da BR-277 (sentido Curitiba-Campo Largo) numa área de 317.000m2, contendo bosques com árvores nativas, lagoa e área de lazer para os visitantes. É administrado pela Secretaria de Estado da Cultura e está ligado ao Museu Paranaense. Desde o seu fechamento, em 2011, todo o acervo foi transferido para Curitiba, para maior segurança. No local existe vigilância 24 horas.

 

Museu

 

A principal atração turística do Parque é o Museu do Mate, instalado numa edificação histórica construída por volta de 1870 como engenho de beneficiamento da Erva-Mate. Todo o seu maquinário, original, está preservado, os quais contam a história do principal produto e da principal atividade econômica do Paraná, no século XIX e início do século XX.

 

O engenho foi construído pelo capitão Carlos José de Souza Franco, mas foi vendido 16 anos depois, sendo utilizado como indústria de farinha de Milho. No início da década de 80, foi tombado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), restaurado em 1984 e transformado em Parque Histórico e Museu do Mate.

 

Durante os quase 30 anos de existência, o Parque do Mate recebeu milhares de visitantes, e inúmeras atrações artísticas, culturais e turísticas, mas a frequência de visitantes diminuiu com o tempo, chegando a irrisórios 1.800 visitantes por ano, número que um grande centro cultural e turístico deveria receber por dia. Em 2011, graças à inviabilidade econômica e à baixa frequência, e pelo desinteresse do Município em utilizar o Parque, o local foi fechado para visitação.

 

Fala-se até que o prefeito Edson Basso havia proposto o uso do local também como centro cultural para a realização de eventos e até bailes gauchescos. Basso, que está viajando pela Argentina, falou com a Reportagem da Folha e desmentiu a informação, dizendo que jamais fez essa proposta.

 

Municipalização

 

No início de 2014, quando assumiu a Secretaria de Educação de Campo Largo, o professor Avanir Mastey foi convidado pelo Museu Paranaense para discutir a gestão do Parque, e colocou o interesse do prefeito Affonso Guimarães e do Município para assumir a administração daquele centro cultural e turístico.

 

A Reportagem da Folha conversou com o secretário, o qual confirmou as tratativas do Município para assumir a administração do parque. Avanir lembra que o termo de cessão para o Município não foi renovado em 2011 e que, com a morte do caseiro, em 2012, ficou somente a esposa, e ela não é funcionária pública. Em 2013, segundo ele, o Museu Paranaense procurou a Administração Municipal. “Nós temos interesse, o pedido foi encaminhado à Casa Civil em Março e agora estamos aguardando a aprovação desse documento, a reforma do local e a transferência para a administração municipal”, explicou.

 

Avanir lembrou que o museu será reorganizado e o acervo, que está guardado no Museu Paranaense, será novamente colocado no edifício principal e se dará a abertura ao público. Lembra, ainda, que para tanto será necessária a construção de um novo acesso, uma vez que o acesso pela BR-277 deverá ser fechado, por ser considerado perigoso. Adiantou que estão sendo estudadas propostas de novos atrativos, como a exploração de espaços para o artesanato, a cultura e a gastronomia, mas tudo tem que ser voltado para o mate e para o Tropeirismo. “Não podemos descaracterizar a essência do Parque, que é a Erva-Mate e o Tropeirismo”, acrescentou ele.

 

Avanir disse que será estudado, junto à RodoNorte, Governo do Estado e Prefeitura Municipal, um novo acesso ao Parque do Mate, que poderá ser pelo acesso ao colégio Bom Jesus da Aldeia. Não há data para a reabertura, mas todos têm pressa, por causa da Copa do Mundo de 2014. Avanir quer que tudo esteja pronto até o final do ano.