15/03/2013
Brasil não está preparado para a Copa do Mundo
15/03/2013
Muito se fala que faltam estádios adequados para a realização dos jogos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Mas a grandiosidade deste evento, que atrai pessoas do mundo inteiro, exige desenvolvimento em diversos setores, nos quais o “jeitinho brasileiro” pode ser motivo de vergonha em nivel mundial pela falta de estrutura.
“Em qualquer viagem nós percebemos que o Brasil não está preparado. Seja para fora do país em que comparamos com cidades do tamanho de Campo Largo, por exemplo, mas que têm estrutura melhor que o aeroporto que São Paulo, ou até mesmo viajando dentro do Brasil e vendo a dificuldade em diversos pontos”, afirma Gil Carlos Pianaro Souto, vice-presidente da Comissão de Turismo da Acicla e sócio-proprietário do Hotel Campo Largo.
Segundo ele a situação é preocupante e parece que o Poder Público não está tomando as devidas providências, porque já não tem mais tempo suficiente para construção de novos hotéis, por exemplo, de fazer metrô ou melhorar todos os principais aeroportos. “Estádio é o de menos. Onde as pessoas vão comer, se hospedar, ter acesso a médico, a transporte público de qualidade?”, questiona Gil.
No município, Gil diz que por enquanto o Hotel Campo Largo é o único classificado pela Fifa para receber os turistas – possui 181 leitos, divididos entre 81 apartamentos duplos e triplos. Em Curitiba e Região Metropolitana há apenas 19 mil leitos disponíveis em hoteis, sendo que nem todos estão classificados, e normalmente há 60% de ocupação. Com a Copa do Mundo, espera-se cerca de 20 a 30 mil pessoas de fora, “então a conta não bate, sinceramente não sei o que vai ser feito, onde todas estas pessoa vão ficar hospedadas, como vai ser a logística”, diz. “E já é difícil conseguir pegar táxi quando há algum evento em Curitiba, imagina com a Copa do Mundo”, completa a gerente do Hotel Campo Largo, Fabiana Andrade de Jesus.
Gil afirma que ainda não há muito movimento dos empresários para o turismo na cidade durante a Copa. Segundo ele, deveria existir alguma agência na cidade que tivesse a iniciativa de oferecer pacotes turísticos para lugares como Ouro Fino, empresas de porcelana e vinhos, balonismo, lugares para pular de Asa Delta, para Ciclismo, andar a cavalo, entre diversas outras atrações que podem ser exploradas em Campo Largo e também em Balsa Nova, como São Luiz do Purunã. Precisaria até mesmo de mais sinalização e divulgação do que as cidades oferecem. “Não se tem placa indicando estes pontos turísticos. Muitos campo-larguenses não sabem do potencial turístico da cidade”, afirma.