08/03/2013
Campo Largo reunirá de sexta-feira (08) a domingo (10) policiais militares, guardas municipais, bombeiros, policiais civis e pessoas envolvidas com a segurança pública do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Serão cerca de 20 pessoas que participarão do evento de um novo adestramento de cães de faro, com o suíço Guido Wyss.
O método SOKKS é alemão e será apresentado por Guido no Canil Von Heiss, que existe há nove anos na Estrada Colônia Cristina. Segundo Elizabeth Heiss, este novo método diferencia-se porque no adestramento comum para cães de faro é preciso treiná-lo com o entorpecente e neste não. “Neste novo método usa-se hastes de algodão com micropartículas do odor real do entorpecente, que é um odor comum a todos eles. Então para treinar não precisa manipular as drogas”, explica Elizabeth.
Segundo ela, para conseguir os entorpecentes precisa-se da liberação do juiz, demora cerca de seis meses, para então pegar uma amostra na Polícia Federal e ainda depois devolver para um destino final correto. O novo método é muito mais ágil e ainda possui alguns benefícios, como não deixar o odor do entorpecente no local do adestramento, o que impede que o treinamento seja realizado no mesmo lugar por um certo período. Elizabeth ainda explica que este odor comum a todos os entorpecentes elimina a necessidade de fazer o treinamento com vários tipos de droga.
Após aprenderem no treinamento e receberem certificado internacional, os participantes adquirem o kit e eles mesmos treinam seus cães. Em média, em um ano ou um ano e meio o cão estará apto para realizar buscas.
Devido a Copa do Mundo, vai aumentar a demanda de cães de faro no Brasil e atualmente poucos realizam trabalhos com cães. Elizabeth disse que ficou indignada ao saber que o Brasil vai comprar cães de faro na Europa, sendo que eles podem ser treinados no país e ainda há tempo suficiente para isso. “É uma vergonha. E, além disso, os cães vão precisar se adaptar à vida aqui, outro clima”, comenta.