Sabado às 30 de Novembro de 2024 às 12:31:19
Geral

O poder terapêutico do Alho

O poder terapêutico do Alho

08/03/2013

O alho é uma planta de cultivo milenar oriunda do Oriente e da Europa Meridional pertence à família das "Liláceas”, seu nome científico é “allium sativum”. Segundo historiadores os egípcios consumiam alho em abundância.

Esse bulbo comestível, largamente utilizado em diferentes culturas culinárias, tem sido usado como medicamento desde antes do nascimento de Cristo. Há registros de seu uso como medicamento desde a época dos faraós. Mais recentemente, pesquisas têm demonstrado alguns desses efeitos, principalmente em relação à sua atividade imunoestimulante, antiaterosclerótica, anticancerígena e antimicrobinana. Embora alguns dos resultados ainda sejam conflitantes devido às falhas metodológicas, as evidências sugerem resultado positivo contra várias enfermidades.

Seu uso é empregado largamente como tempero e em todas as cozinhas, seus “dentes” tem gosto característico e ativo.

Existem três tipos básicos de alho que se distinguem pela cor da película que envolve os balbilhos: alho branco ou alho comum, alho rosa ou alho temporão, alho “rocambole” vermelho, não confundir com “allium sativum” trata-se de uma espécie diferente chamada allium scorrodoprasum.

O alho possui propriedades bactericidas, preventivo de doenças cardiovasculares, ótimo contra a hipertensão, seus efeitos são potencializados quando triturado ou cortado.

Fortalece o sistema imunológico como um todo, aumentando a resistência orgânica a infecções, fluidifica e desodoriza as secreções no caso de bronquite, tuberculose, diminui a tosse, provoca a expectoração.

Podemos observar a presença de altos teores dos elementos zinco e selênio, minerais esses que combatem os radicais livres por serem minerais antioxidantes.  

Apesar do uso frequente em todos os tipos de preparações culinárias, principalmente nos países europeus, sua importância nutritiva na dieta é reduzida por seu emprego ocorrer principalmente como condimento, em pequenas quantidades.

Em contrapartida foram identificadas centenas de fitoquímicos bioativos, sendo os de maior destaque os compostos sulfurados, presentes no alho em quantidades três vezes maiores do que em outros vegetais também ricos nestes compostos, como a cebola e os brócolis.

A forma de utilização é fundamental para que haja a disponibilidade de fitoquímicos em concentrações suficientes para sua ação terapêutica. Seu maior complicador é o sabor característico intenso que dificulta o seu consumo e é exalado inclusive pelo suor, em até 72 horas após o consumo. Até o presente momento foram identificados cerca de 30 ingredientes do alho com efeito terapêutico para a saúde.

O tipo e a concentração dos compostos extraídos do alho dependem do seu grau de maturação, práticas de produção de cultivo, localização na planta, condições de processamento, armazenamento e manipulação. Quando o alho é amassado, partido, cortado ou mastigado, vários de seus componentes sulfurados são liberados. Isso justifica a necessidade de consumo imediatamente após o preparo, e sem que haja ação de calor ou qualquer outro tipo de tratamento térmico , o que diminui muito as concentrações dos fitoquímicos sulfurados em questão .

Ainda não há consenso quanto à recomendação de alho que deve ser consumido, mesmo porque sua recomendação depende da utilização terapêutica em questão. O Ministério da Saúde do Canadá (correspondente a FDA americana) sugerem que a ingestão de 4g de alho cru ou 8mg de óleos essenciais são suficientes para a prevenção de fatores de risco cardiovascular e a American Dietetic Association indica o consumo de 600-900 mg de alho/dia. Essas quantidades equivalem ao peso médio aproximado de 1 dente de alho cru.

Fonte Bibliográfica: - AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION. 1999.  ;  CELLINI L, et al. Inhibition of Helicobacter pylori by garlic extract (Allium sativum) . ;  GARCIA-GÓMEZ L, SÁNCHEZ-MUNIZ F. Revisión: Efectos cardiovasculares.2000.
(Obs: Matéria solicitada por um leitor, agradeço sua sugestão)