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Geral

Pedágio

06/03/2013

Relatório aponta falhas nas concessões de pedágio no Paraná

Pedágio

06/03/2013

Fonte:G1.com

Foto:Reprodução

Um relatório elaborado por representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PR) e do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (SENGE-PR) faz observações e recomendações ao governo sobre as rodovias pedagiadas do estado. O levantamento pertence a uma parte da Comissão Tripartite de Fiscalização, formada pelo governo, concessionárias e usuários. O documento, divulgado nesta terça-feira (05), apresenta conclusões dos engenheiros, que, nesse caso, representaram os usuários do pedágio.

De acordo com os representantes do SENGE-PR e do CREA-PR, o governo precisa estar atento à movimentação financeira das concessionárias, pois não há informações de quanto as empresas ganham com as tarifas de pedágio e sobre investimentos. “Se ele souber quanto as concessionárias gastam e quanto elas recebem, ele sabe quanto é o rendimento delas, ele pode negociar o contrato a qualquer momento. Desde o início da concessão, ele não sabe”, aponta o engenheiro do sindicato, Valter Fanini.

Outra conclusão do relatório indica falta de infraestrutura das estradas pedagiadas. Na avaliação dos engenheiros, os acessos das rodovias são irregulares; viadutos e trincheiras estão incompletos, faltando alças de acesso para entrada e saída dos veículos; ausência das marginais, no caso de rodovias que cortem as cidades; e a falta de duplicação nas estradas. “Hoje, passados 14 anos (de concessão), não temos nossas rodovias duplicadas, quase nada. Infelizmente, isso faz uma falta muito grande”, afirma o engenheiro do CREA-PR, Álvaro Cabrini.

Depois de meses de análise das estradas do Paraná, os engenheiros recomendam ao estado que não renove o contrato com as concessionárias em 2021, data prevista em contrato. Segundo os engenheiros, cada parte da Comissão Tripartite de Fiscalização ficou responsável por elaborar um relatório sobre as rodovias do Paraná. Agora, o CREA-PR e o SENGE-PR devem entregar o levantamento ao governo estadual para que os itens sugeridos sejam avaliados.

De acordo com o governo, somente depois da análise será feito um novo documento com as considerações do estado. Já a Associação Brasileira de Concessionárias informou que não foi ouvida pelos autores do relatório e, portanto, não vai comentar sobre o assunto.