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Agricultura

02/03/2013

Primeira safra de grãos do Paraná deve ser recorde

Agricultura

02/03/2013

Fonte:AEN-PR

Foto:Jonas Oliveira/ANPr

A colheita da safra de grãos de verão 2012/13 no Paraná entrou em ritmo acelerado e revela lavouras com alta produtividade. A pesquisa mensal do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente ao mês de fevereiro, estima uma safra recorde de 22,53 milhões de toneladas de grãos para esse período, que corresponde ao plantio da primeira safra no Estado.

O último recorde de produção durante a safra de verão foi no ano agrícola 2010/11 quando foram colhidas 22,2 milhões de toneladas. Para este ano, a expectativa do secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, é que a safra total de grãos resulte em uma colheita de 37 milhões de toneladas, considerando o plantio da primeira safra, da segunda safra e da safra de inverno.

Ortigara ressaltou que os produtores paranaenses nunca viveram um momento tão favorável, com colheita de safra cheia, seguida de bons preços na hora da comercialização. Segundo levantamento do Deral, o preço médio da soja pago ao produtor durante o mês de fevereiro foi de R$ 55,63 a saca, superior ao preço pago no mesmo mês do ano passado, quando a soja foi cotada a R$ 43,47 a saca.

Essa valorização também está se repetindo no milho e no feijão. O milho foi comercializado, em média, no mês de fevereiro, por R$ 25,06 a saca, contra R$ 23,07 a saca comercializada em igual período do ano passado. O feijão de cor foi vendido por R$ 172,02 a saca, quase R$ 50,00 acima da cotação durante mesmo período do ano passado, quando foi vendido a R$ 128,74. O preço do feijão preto, no mesmo ritmo, também foi vendido por R$ 122,49, na média de fevereiro desse ano, bem acima da cotação de R$ 86,72, em fevereiro do ano passado.

RENDIMENTO E COLHEITA - A colheita da produção de soja avança em ritmo acelerado no Estado, com 39% da área colhida. Foram plantados 4,4 milhões de hectares e a produção deve render um total de 15,2 milhões de toneladas, volume 41% maior que no ano passado, quando a safra apresentou uma produção de 10,8 milhões de toneladas. O volume de soja colhido está acima da média de 2012, ano em que, no mesmo período, estavam colhidos 22% da produção.

O produtor também elevou o ritmo de comercialização esse ano, com 39% da safra já vendida. No ano passado, cerca de 23% da produção de soja estavam vendidos nessa época do ano.

A produção de milho da primeira safra deve apresentar um volume de 6,84 milhões de toneladas, volume 4% acima da produção de 2012, que rendeu 6,6 milhões de toneladas.

De acordo com a engenheira agrônoma do Deral, Juliana Tieme Yagushi, a colheita de milho está em ritmo menor, com 19% da área colhidos. No ano passado, nesse mesmo período, cerca de 29% da área estavam colhidos. A técnica explica que em função das chuvas ocorridas no início de fevereiro, o produtor optou por colher primeiro a soja.

Também no milho, o produtor optou por antecipar a venda do grão para aproveitar os bons preços no mercado internacional. Cerca de 17% da safra 12/13 foi vendida, contra 12% vendida antecipadamente na safra anterior.

O feijão da primeira safra está com 95% da área colhida e 64% da produção vendida. Foram plantados 205,2 mil hectares e a produção deve chegar a 314,9 mil toneladas, volume 10% inferior ao mesmo período do ano passado. A primeira safra de feijão foi prejudicada inicialmente por chuvas, seguidas de baixas temperaturas durante o ciclo que afetou o desenvolvimento das plantas.

SEGUNDA SAFRA - A segunda safra de grãos no Estado está sendo plantada, com 51% da área prevista ocupada com o milho. O feijão está com 81% da área prevista plantada. O levantamento do Deral aponta que o milho safrinha deverá ocupar uma área de 2,06 milhões de hectares e a produção poderá alcançar até 11,3 milhões de toneladas, se não for comprometida pelo clima.

O feijão da segunda safra, deverá ocupar uma área de 216.903 hectares e a produção pode atingir 405.169 toneladas, podendo recuperar as perdas ocorridas na primeira safra.