08/02/2013
Há oito anos moradores pedem melhorias no Ferrari
08/02/2013
Após oito anos sem melhorias, moradores reivindicam pavimentação e galerias de águas pluviais nos Loteamentos São Francisco, São José e Vila Silka, localizados no bairro Ferrari. Cansados do descaso, eles se reuniram e afirmaram que não irão descansar enquanto o Poder Público não tomar uma providência.
Um casal de moradores, Cristiane e Luciano de Lima, chamaram a reportagem da Folha, a vereadora Rosicléa Oliveira e o secretário de Viação e Obras Maurício Rivabem para uma reunião com os moradores, na qual solicitaram ajuda para resolver este problema. Eles reclamam da falta de pavimentação, pois sofrem com a poeira em dias secos, ou com a lama em dias chuvosos. O local ainda é passagem de caminhões, o que agrava o problema, principalmente porque, segundo os moradores, os pesados veículos passam em alta velocidade.
De acordo com relato dos moradores, já existe um projeto aprovado de pavimentação na rua Bernardo Spack, que passa pelos dois loteamentos, mas que nunca saiu do papel. Constantemente havia cobrança dos moradores na Prefeitura Municipal e alguns funcionários davam prazos para início das obras, enquanto outros falavam que a obra nunca seria realizada. Até que tiveram a informação de que não há densidade populacional suficiente para ser feita a pavimentação e, por isso, pedem apoio político.
Frente ao problema, a vereadora Rosicléa se comprometeu a fazer o pedido na Câmara Municipal e entrar nesta causa em benefício dos moradores desta região, cobrando as melhorias. O secretário Maurício Rivabem explicou a atual situação na Prefeitura Municipal e deu uma opção aos moradores, para que sejam atendidos.
Segundo Maurício, das 10 patrolas do município, encontraram apenas três funcionando e ainda neste início de gestão há problema com renovação de contrato. Como alternativa a alguns bairros, a Prefeitura está dando como solução fazer uma parceria com a população, por meio do programa Asfalto Comunitário. Neste programa a Prefeitura se responsabiliza pela parte de topografia, manilhas, saibro e indica algumas empresas para que os próprios moradores escolham uma, a qual ficará responsável em fazer a pavimentação, meio-fio e passeio. São os moradores que pagam o trabalho desta empresa contratada, com parcelamento conforme negociado.
Para que haja a adesão a este programa, é preciso que 70% dos moradores da rua a ser beneficiada concorde. Em geral, segundo o secretário, o gasto por morador é de aproximadamente R$ 1.500 a R$ 2.000, considerando uma média de 13 metros de frente de cada terreno. A obra passa a ser fiscalizada pela Prefeitura. “Estamos dando esta sugestão para que seja feito um trabalho com durabilidade de 20 anos, não de dois. E no momento não conseguiremos pavimentar todas as ruas”, explica Maurício.
Os moradores ainda pedem que seja proibida a passagem de caminhões, que, segundo eles, “passam embalados” por esta via, e que sejam feitas lombadas para redução de velocidade. Outro problema encontrado é a quantidade de terrenos baldios, que não são cuidados adequadamente pelos proprietários, ficando sempre com matos que chegam a invadir a rua e são locais alvos de entulhos e lixo.
Além de projeto aprovado de pavimentação, os moradores relataram que existe um projeto para execução de obras para construção de galerias de águas pluviais. No ano passado foi dado início, mas a obra logo foi abandonada, deixando uma das manilhas expostas, com um buraco que oferece perigo à população, pois uma pessoa caberia inteira dentro dele caso caísse. Moradores solicitam urgente que esta manilha seja coberta, pois até o momento eles mesmo taparam com pedaços de madeira.
Como medida de urgência, o secretário se comprometeu a, depois do Carnaval, mandar passar máquina e tapar os buracos da rua Bernardo Spack e suas transversais.