05/12/2012
Algumas das prisões foram realizadas por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), na Terça-feira (04) em Campo Largo.
05/12/2012
Algumas das prisões foram realizadas por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), na Terça-feira (04) em Campo Largo.
Cerca de R$ 50 milhões de Reais é o valor estimado por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) para a fraude causada pela Organização Não-Governamental (ONG) ITDE, que fazia a gestão de cursos à distância. Por isso, foi deflagrada na manhã de Terça-feira (04), a Operação Athenas, que prendeu 24 pessoas em Campo Largo, Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais, Colombo, Paranavaí, Ortigueira e Dois Vizinhos.
Segundo o delegado titular do Cope, Hamilton Cordeiro da Paz, a ITDE foi idealizada por Marcos Aurélio Paterno, 67 anos, que utilizava funcionários e parentes como “laranjas” para praticar as fraudes. “A ONG fazia convênios com diversas faculdades e universidades, apesar de não possuir autorização do Ministério da Educação (MEC) para funcionar”, destacou. Paz afirmou que com os convênios firmados, as fraudes eram cometidas através da compra de notas fiscais (sem a devida prestação dos serviços), na apuração de resultados financeiros, na criação de empresas de fachada para a transferência do dinheiro e com a adulteração nos registros dos alunos matriculados. “Eles faziam saques diários sem origem de despesa. Toda a família de Paterno também fazia despesas altíssimas com os cartões de crédito corporativos”, explicou o delegado.
Os presos vão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e formação de quadrilha. “As investigações que tiveram a coordenação operacional do delegado Cassiano Aufiero e do investigador Marcelo Cezário apuraram que as duas principais vítimas da quadrilha foram a Universidade Federal do Paraná (UFPR), com prejuízo estimado em R$ 25 milhões, e a Faculdades de Pinhais (Fapi), com prejuízo de cerca de R$ 10 milhões”, contou Paz.
Aufiero destacou que as investigações apontaram que cerca de 4 mil estudantes que participaram dos cursos promovidos pelas parcerias com a ONG ficaram sem a certificação, já que a ONG não tem autorização do MEC para expedir os diplomas