10/02/2012

Para alcançar um objetivo é preciso foco, determinação e amor pelo que faz. Nem sempre as situações favorecem e por isso é preciso insistir, continuar tentando. Um exemplo de quem vive isso é o campo-larguense Daniel Azevedo Dalavali, de 25 anos. Desde 2001 ele treina ciclismo e a cada mês participa de mais competições. Mesmo sem condições financeiras, empresta bicicleta para participar das competições e tem como objetivo ser um ciclista profissional, competir em grandes equipes deste esporte.
Começou como uma brincadeira e se tornou uma verdadeira paixão, uma necessidade. Atualmente treina cerca de quatro dias por semana, com duração de aproximadamente duas horas por dia. Os treinos são conciliados com a rotina de seu trabalho como mecânico de bicicletas na Arobike. Para conseguir manter os treinos e ter bom resultado, cuida muito da alimentação e há dois meses faz musculação na MC Sports Club, uma das empresas que o apoiam.
“Com a musculação já estou sentindo muita diferença. Estou tendo mais força e resistência para treinar e competir”, comenta Daniel. “É um orgulho para nós poder contribuir com a formação de atletas que têm grande potencial, como é o caso dele. Procuramos sempre investir e com certeza colhemos bons frutos, com atletas que se destacam no meio. Oferecemos a estrutura adequada para que ele possa sempre melhorar seu desempenho”, diz o sócio-proprietário da MC Emanuel Pereira de Andrade
O atleta comentou também que usar roupas adequadas faz muita diferença. Devido ao apoio que está recebendo da Woom, ganhou um kit com dez peças de roupas à prática de exercícios. “O uso de roupas apropriadas me ajudou a ter melhor resultado, principalmente devido à aerodinâmica. A roupa é desenvolvida especialmente para este fim”, explica.
Além disso, ainda troca experiência sobre o esporte com o responsável pela equipe de atletas e um dos proprietários da marca, Jonathan Pereira, que diz que um dos objetivos da Woom é, além de desenvolver e produzir roupas esportivas com alta tecnologia, fomentar e desenvolver o ciclismo e o triathlon no Brasil. Desta forma, a empresa acredita em novas promessas destes esportes, sempre dando prioridade para atletas do Paraná, terra natal da empresa, e um grande celeiro de ótimos atletas.
Segundo ele, o que chamou a atenção no Daniel foram sua determinação e seu potencial em conseguir conquistar grandes resultados, mesmo não tendo a estrutura ideal para tal feito. “Além disso, a empresa, por intermédio de sua rede de contatos, também conseguiu apoio da Nutrial, que ajudará o atleta com a parte de suplementos alimentares”, revela Jonathan. “Temos consciência da dificuldade de ser profissional ou amador nestes esportes aqui no Brasil, e por isso, sabemos que nossa participação não é só desenvolver e produzir roupas com excelência, mas também temos o lado social de uma empresa e, por isso, nos preocupamos tanto em fomentar o esporte”, completa.
Daniel diz que agora o esporte está ficando mais profissional em sua vida e seu sonho é conseguir entrar em uma equipe forte para participar das competições. Ele explica que é como se fossem times de futebol, em que existem os amadores e os profissionais. “Tem atleta que chega a ganhar até um salário”, conta. Entre as equipes em que almeja participar é a Datarro, que existe há 20 anos; a Merida e a Scott.
Em média, participa de duas competições por mês e já conquistou alguns primeiros lugares. Mas conta que é normal ter uma baixa de rendimento nas competições, até porque o ritmo é muito forte, mas está sempre melhorando seu desempenho.
Sua última participação foi no dia 22 de janeiro no Campeonato Metropolitano, realizado em São Luiz do Purunã, e entre 340 competidores ganhou como primeiro colocado. Neste dia 12 de fevereiro participa da Open de Verão em Irati, uma prova isolada. Como o investimento para a prática deste esporte é muito alta, está tentando também apoio da Prefeitura Municipal de Campo Largo. O custo com as viagens é alto e por enquanto conta com o patrocínio da Arobike.
Daniel tem apenas bicicleta de treino. Ele tinha uma profissional para provas, que custava cerca de R$ 5 mil, mas precisou vender para dar como entrada no pagamento de sua casa. Ele diz que tem bicicleta que chega a custar R$ 18 mil, que são bem mais leves e resistentes e dão muita diferença no resultado de uma competição. Atualmente empresta bicicletas de amigos para poder participar dos campeonatos, tanto de mountain bike como de ciclismo de estrada. Mas não desiste de participar e continuar lutando pelo seu sonho.