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Sindicato

27/01/2012

Sindicato comemora o bom momento de contratações das indústrias da louça

Sindicato

27/01/2012

O ano de 2010 ficou para a História como um dos mais difíceis para a indústria cerâmicas de Campo Largo. Foi naquele ano que uma das maiores produtoras de louça e porcelana do País, a Schmidt, chegou muito perto de fechar as portas. Felizmente os acionistas acordaram um novo pacto, destituíram a Diretoria e contrataram um antigo diretor, Nelson Lara, que havia saído da empresa no início da crise.
Nelson lembra que saiu da empresa exatamente por não concordar com as mudanças (inclusive com a transferência da Decoração para Mauá) que, segundo ele, foram o estopim da crise. No auge da crise, em 2010, Paulo Andrade, presidente do Sindicato dos Trabalhadores, foi uma figura central, na luta pelo não fechamento da empresa, porque ele sabia que havia esperança e que se a fábrica fechasse, que mais perderia seriam os trabalhadores.
Comemoração
Paulo Andrade diz que muita gente, inclusive sindicalistas de fora, tentaram incitar os trabalhadores para fechar a empresa. “Nós vivemos momentos difíceis, mas tínhamos a esperança de uma solução, que veio com o novo pacto de acionistas e a eleição de Nelson Lara para a presidência”, disse Paulo, que em 2010 viu perderem o emprego na Schmidt mais de 250 companheiros, e intermediou as soluções.
“O período foi tão duro, que tivemos que ajudar alguns companheiros até com alimentação, mas atravessamos o mar revolto, apesar das perdas. Hoje, estamos comemorando o sucesso alcançado pela empresa e a contratação de cerca de 250 trabalhadores que, agora, vivem um momento completamente inverso, com um sorriso no rosto, com o salário no bolso”, disse ele.
“Hoje, felizmente, temos o que comemorar. O retorno da Decoração da Schmidt, de Mauá para Campo Largo, chega num momento importante para nós. Agora nosso único “bicho-papão” é a louça chinesa, que entra no mercado contaminada com chumbo e cádmnio, e com preço muito baixo, iludindo o consumidor e ameaçando a nossa indústria e o nosso emprego”, disse.
Se 2010 foi o ano da crise e 2011 o ano da redenção, Paulo Andrade diz que 2012 será o ano da Schmidt e, consequentemente, o ano da indústria da louça e da porcelana. “Estamos em pleno emprego, na área, precisamos de mais 150 profissionais para as indústrias cerâmicas de Campo Largo”, disse ele, adiantando que as escolas precisam formar mais trabalhadores para o setor.