13-05-2011

Embora a Polícia ainda não tenha efetuado nenhuma apreensão de Oxi, em Campo Largo, é possível que os viciados daqui já estejam usando a nova droga, derivada da Cocaína e que, em sua composição, entra gasolina ou querosene e cal virgem. Mais barata, a nova droga é, também, mais potente e mata o viciado mais rápido.
No último Sábado (07), a polícia de Cascavel apreendeu uma porção da droga, pela primeira vez no Paraná. Nesta Quinta-feira, a Polícia do Rio Grande do Sul também apreendeu Oxi em Porto Alegre. As apreensões dei-xaram em alerta a Polícia do Paraná, por onde a droga, com certeza, já está sendo transportada e provavelmente comercializada.
Origem
A nova droga é derivada da planta Coca, assim como a Cocaína e o Crack. Há diferenças, contudo, no modo de preparo. Existe uma pasta base, com o princípio da droga, e de seu refino vem a Cocaína. A pasta base é como uma rapadura e a Cocaína é um pó. O Crack e o Oxi são feitos a partir dos restos do refino da Cocaína. As três drogas possuem, portanto, o mesmo princípio ativo e um efeito parecido, que é a aceleração do metabolismo, ou seja, do funcionamento do corpo como um todo.
Enquanto a Cocaína é inalada em forma de pó, as outras duas são fumadas em forma de pedra. Isso muda a forma como o corpo lida com a dose. O pó da Cocaína é absorvido pela mucosa nasal, que tem nervos aflorados, responsáveis pelo olfato. O efeito dura entre 30 e 45 minutos. No caso das outras duas drogas, a absorção acontece no pulmão, de onde ela cai na corrente sanguínea. O efeito dura cerca de 15 minutos, e por isso, é mais intenso que o da Cocaína, o que aumenta o risco de que o usuário se torne um viciado. Quando menor a duração do efeito, mais viciante é uma substância.
A grande diferença do Oxi para o Crack está na sua composição química. Para transformar o pó em pedra, o Crack usa Bicarbonato de Sódio e Amoníaco. Já o Oxi, com o objetivo de baratear os custos - e atingir um número maior de usuários -, leva Querosene ou Gasolina e Cal Virgem. Estas substâncias são corrosivas e extremamente tóxicas. Por isso, o consumo do Oxi leva à morte mais rápido que o Crack, em até um ano de consumo.
Para o Denarc, há fortes indícios de que o Oxi tenha entrado no Brasil pela fronteira do Acre com a Bolívia, passando por São Paulo e chegando ao Paraná por via terrestre.