Muitos pontos comerciais abertos nos dias de Carnaval, mas a movimentação de pessoas estava bem longe do normal. No Calçadão da Rua XV de Novembro, por exemplo, parecia um movimento de domingo, apesar da maioria das lojas funcionando normalmente.
Pode-se perceber uma circulação maior de famílias com os filhos, na busca de material escolar para o retorno às aulas, como também na compra de uniforme escolar. Algumas lojas deste ramo estavam com movimento superior às demais. Uma reclamação dos comerciantes foi que os bancos não estavam abertos nestes dias, o que atrapalha um dia de trabalho normal, como também não estimula a circulação de pessoas nas ruas, diminuindo o movimento.

A Folha conversou com a administração do Shopping Campo Largo, que disse que foram dias bons de movimento, em que as pessoas que não trabalharam aproveitaram para passear pelo shopping. Sobre número de vendas, destaca-se principalmente o setor de alimentação. “As pessoas aproveitaram para comer fora, para almoçar algo diferente e fazer um lanche com a família e amigos. Ainda mais que estava um dia ensolarado, gostoso. O Sorvete do Mc Donald’s também sempre tem grande saída e atrair os consumidores”, comenta a administradora do local, Karin Quadros.

A decisão de abrir o comércio nestes dias de Carnaval sai do comum e gerou muita dúvida nos empresários, mas a maioria optou por abrir. Apenas alguns que precisavam compensar os domingos trabalhados no final do ano optaram por manter as portas fechadas e dar os dias de folga. A confusão foi ainda maior porque o Governo do Paraná cancelou o ponto facultativo no Estado para evitar aglomeração, enquanto a Prefeitura decretou ponto facultativo nas repartições públicas municipais. O Poder Judiciário também optou pelo funcionamento normal nestes dias.

A decisão no comércio ficou a critério dos empresários. Em Campo Largo, a Associação Comercial e Empresarial esteve aberta todos os dias, à disposição dos associados e demais interessados. A Associação Comercial do Paraná recomendou a abertura do comércio e apesar da previsão de pouco movimento, adiantou que “sem festas, sem desfiles, o melhor mesmo é manter a rotina e evitar aglomerações. O comerciante que quiser tem a oportunidade de faturar alguma coisa neste período em que, numa situação normal, tudo estaria fechado”.

A ACP tem feito seguidas campanhas junto aos seus associados para que sejam rigorosos no cumprimento dos protocolos sanitários. “O comércio é um ambiente controlado, seguro e frequentemente fiscalizado pelas autoridades. Sempre defendemos que a vida tinha que fluir naturalmente, obviamente com distanciamento, cuidados, uso de máscaras, etc. Nada de fecha tudo, mas sim bom senso. Vale agora mais do que nunca a responsabilidade individual, tanto na hora de tocarmos a rotina de trabalho, afazeres, compras, quanto na hora do lazer”.