Domingo às 24 de Novembro de 2024 às 06:00:05
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Marcelo Puppi afirma que 2021 será um grande ano para Campo Largo

“As pessoas entenderam a administração que colocou Campo Largo em rota de desenvolvimento”, afirma o prefeito. Ele fala sobre campanha, adversários políticos, vantagens da reeleição, obras em and

Marcelo Puppi afirma que 2021 será um grande ano para Campo Largo

“As pessoas entenderam a administração que colocou Campo Largo em rota de desenvolvimento”, afirma o prefeito Marcelo Puppi, reeleito neste domingo (15) com 21.566 votos (39,26% dos votos válidos), tendo como vice Maurício Rivabem.

“A vitória na Ferraria foi por entenderem as obras viárias, como a Estrada do Mato Grosso, Rebouças, do Guarani a Dona Fina, também o Posto aberto 24 horas. No interior, a valorização de levar a mesma educação que temos na cidade, a entrega do uniforme escolar, projeto da água potável que está chegando. Cada lugar do município tinha algo para contar e as pessoas acreditaram que se falamos e fizemos era possível ir para um caminho. Fui prefeito por três anos e um ano de pandemia, e quem teve Covid sabe que foi muito bem atendido desde call center até Centro Médico, o qual está sendo uma referência, com menor índice de morte. É um conjunto de fatores”, declara.

 

Campanha e desafios

Bem recebido na campanha, diz que este ano foi bem diferente, atípico, por ser em tempo de pandemia, e pediu para não se fazer aglomeração e reuniões. Não fez nenhuma reunião nas grandes regiões como de costume, mas de forma online levaram a mensagem do “dito e feito”. A grande dificuldade da campanha em si, segundo ele, foi lidar com as fake news, que vieram para desmoralizar a vida das pessoas, falando da família. Isso também impactou para a grande abstenção nas eleições, que teve alto índice em todo o Brasil, mas somado a nulos e brancos Campo Largo teve uma taxa bem alta.

“Mas fica a lição para as novas gerações de que quem faz a campanha jogando pedras são candidatos de uma eleição só. Pode ser adversário, mas no campo das ideias. É inadmissível falar da família. Muitos se decepcionaram com o nível da campanha, que deve ser baseada em propostas”, lamenta o prefeito, que diz ter recebido no privado muitos elogios de pessoas que ao público o criticavam.

Marcelo diz ter percebido, durante a sabatina realizada pela Folha e Acicla, que os demais candidatos a prefeito não estavam preparados para governar a cidade, porque são desafios muito grandes. “É preciso lidar por exemplo com 96 mortos por uma pandemia, é preciso contratar mais médicos, temos os desafios do Plano Diretor, mobilidade urbana, licitação do transporte coletivo – que ainda tem menor tarifa, mas será que isso será garantido em novo contrato? -, precisa acertar com o Governo Federal os recursos do Rio Cambuí, estreitar mais com Governo do Estado, ainda temos problemas sérios de habitação - tem para 416 famílias, mas há mais de quatro mil famílias que precisam de habitação digna. São mais de 40 pedidos de poços artesianos no interior, foram só nove até agora. Tem 5 mil Km de vias e estradas sem pavimentação, integração da Ferraria com Campo Largo. Precisa de recurso para tudo isso”.

 

Reeleição

Há muita coisa que precisava de continuidade e Marcelo destaca que essa é uma das vantagens da reeleição, além da experiência adquirida, de hoje saber o que vai receber no próximo mandato e não ter problemas de continuidade. Em geral, comenta que um prefeito não finaliza as obras de seu antecessor, mas que ele optou por continuar todas as obras que o Affonso Guimarães havia começado, que tinha muitos projetos. Caso contrário, sempre se começa do zero e a cidade perde com isso.

“Agora é hora de colocar o pé no acelerador com todas as obras que iniciamos. É a grande vantagem da reeleição, mas que só vale a pena se tiver a energia do primeiro mandato e a certeza de trabalhar dobrado, porque os desafios são maiores. 2021 vai ser um grande ano, até mesmo pelos 150 anos da cidade”, enfatiza o prefeito, que no dia da entrevista (terça-feira, 17) tinha dado ordem de serviço para construção da capela do Santo Ângelo, também disse que está em pleno vapor a reforma da Casa da Cultura, empresas estão trabalhando com a reforma da Rodoviária, começam obras no Cmei Guarani e Cercadinho, obras no Parque Newton Puppi, entre outras realizações.

Entre as preocupações está agora lidar com a questão de logística para as empresas. Cita empresas que nunca produziram como hoje e chegam a ter problemas com a falta de caixa de papelão para embalar a produção, como também em uma que falta plástico para matéria-prima. “Questão logística é um problema e questão global. O prefeito tem que estar antenado nisso e levar para os ministros do governo Bolsonaro”, frisa. Também comenta sobre a questão de vacina contra a Covid-19, pois estamos nas vésperas de ter vacina e assim que saia diz que “ninguém vai passar Campo Largo pra trás, vou brigar por isso. Não tem essa história de em São Paulo ter primeiro; quando tiver lá tem que ter aqui também”.

Quanto à equipe de trabalho, diz que os que vieram trabalhar e deram resultado terminaram essa administração com ele. “Muitos grupos políticos não olham a Prefeitura como agente de estruturação da cidade e sim com a possibilidade de empregos públicos.” Comenta que no início algumas pessoas não entenderam qual era o espírito, não acompanharam o ritmo de trabalho e foram saindo ao longo do tempo; alguns ficaram e depois fizeram oposição a ele; e também teve bons profissionais que o acompanharam e precisaram sair por motivos pessoais, mas que são mantidas as relações até hoje.

 

Urnas

Marcelo diz que em todas as pesquisas feitas tinha uma baixa rejeição e que mesmo com cinco candidatos adversários nunca passou de 20%, o que considera normal por ter grupos políticos de oposição. “A eleição terminou, mas ainda continuam distribuindo vídeos e resgatando coisas já julgadas. A política aqui tem um processo de ódio, que é preciso deixar de lado. Agora vamos construir a cidade com todos dando a mão”.

Para ele, a urna mostrou que a população quer ser mais acolhida, pelo perfil do Pedro Barausse eleito a vereador, por exemplo; que o Cercadinho elegeu João Freita porque está pedindo mais atenção. O André Gabardo que tem forte ligação religiosa, mostrando que é para os políticos não se afastarem de princípios e valores, entre tantas outras análises que podem ser feitas pelo resultado das urnas.