Todo o período da gestação e do nascimento de uma criança sempre fica envolto dos cuidados com a mãe e atenção a ela, como seus direitos a rotinas médicas e de exames, parto e licença-ma
Todo o período da gestação e do nascimento de uma criança sempre fica envolto dos cuidados com a mãe e atenção a ela, como seus direitos a rotinas médicas e de exames, parto e licença-maternidade. Porém, o homem também possui esses direitos, ainda que na proporção menor. Em 2016, o Ministério da Saúde publicou inclusive um material voltado à população masculina brasileira sobre a importância do envolvimento do parceiro desde o momento do recebimento da notícia de uma gravidez, perpetuando durante toda a vida daquele ser.
Segundo Eneida Emi Okuhara, enfermeira obstetra e coordenadora de Enfermagem no Serviço de Obstetrícia do Hospital do Rocio, a partir do resultado do exame há questionamentos vindo por parte de toda a família sobre valores, mudança de vida, sobre a vinda de mais um integrante na família. “A prevalência dos homens que participam deste momento de acompanhamento de parto e também após o nascimento é bem alta na nossa maternidade, chegando a marcar mais de 70%. A participação de outra pessoa no parto, um acompanhante, é quase a totalidade, sendo raras as vezes que não aparece ninguém. Vale ressaltar que nem sempre é o pai biológico que acaba fazendo todo o acompanhamento da gestação, assim como nem sempre os casais são realmente casados, mas o importante é o apoio prestado à mulher e também o envolvimento com a criança.”
A participação efetiva do parceiro durante o momento do parto é na motivação da mulher no momento expulsivo – em casos de parto natural – para que ela consiga dar à luz, pode cortar o cordão umbilical, na hora do acolhimento, contato da pele da mãe com a pele do bebê estará presente também, acompanhamento dos primeiros cuidados feitos pela enfermagem – pesagem, medição, procedimentos necessários, primeiro banho – e primeira mamada.
“O pai está sempre envolvido no processo. Ele está ali para auxiliar a mulher, dentro da maternidade; quando há pontos, fica mais difícil para a mulher se movimentar. Pode ajudá-la, trocar a criança, alcançar para ela. Geralmente é ele que fica também com os processos de registro da criança, papéis necessários para a alta, entre outros. Tudo isso faz com que crie o vínculo do pai com a criança que nasceu e fortaleça também a mulher, apoiando ela neste momento tão necessário”, explica Eneida.
É dado ao homem, garantido por Lei, cinco dias de licença-paternidade ou 20 dias para empresas cidadãs. “Este momento também serve para que o homem auxilie a mulher com a rotina da casa, fazendo a limpeza, compras, cuidando de outras crianças – se o casal tiver mais filhos –, além do cuidado do recém-nascido, pois é muito cansativo para a mulher que passou pelo parto e agora está em recuperação, ao mesmo momento que produz leite. É muito importante que tenha alguém de apoio com ela”, ressalta.
A enfermeira conta ainda que a sociedade está em um processo de mudança muito importante, já que antigamente todas as tarefas ligadas à casa e aos filhos ficava ao encargo da mulher desempenhar. Hoje, há uma maior conscientização da necessidade de dividir estas tarefas, o que torna-se benéfico para a mulher. Entretanto, por ser um processo de mudança de hábitos e cultura, torna-se algo mais moroso e não efetivo em todos os lares.
O auxílio com a execução destes trabalhos domésticos poderá contribuir inclusive para a saúde da mulher, tanto física como mental.
Direitos ligados à criança
Em caso de morte da mãe, durante o parto ou no período de licença-maternidade, é garantido ao pai o direito de todo o período de licença-maternidade que restava a ela – exceto em caso de morte da criança ou abandono do filho.
Os pais também têm direito de acompanhar filho de até 06 anos no médico, dentro de seu horário de trabalho, um dia por ano.
Os homens podem ter direito concedido também quando precisam prestar assistência especial para criança de até 06 anos, podendo ela ser integral ou parcial, com duração de três meses a um ano.
Curso para gestantes e acompanhantes
O Hospital do Rocio também oferece curso preparatório para gestantes e acompanhantes todas as primeiras quartas-feiras do mês, dedicado especialmente a mulheres no terceiro trimestre de gestação. É um curso multiprofissional, que envolve médico, enfermeiros, fisioterapeuta, assistente social, psicóloga e nutricionista, que ensina os primeiros cuidados com a criança e também com a mãe no pós-parto e durante o puerpério.
Inscrição: www.hospitaldorocio.com.br (entre na aba Outros e depois Eventos) I eneida@hospitaldorocio.com.br I (41) 3136-2616 com Alzira de segunda a sexta-feira das 7h às 17h I no Hospital do Rocio, Rua Maria Aparecida de Oliveira, 599, Bairro São Jerônimo, Estrada da Lagoa, Recepção A.