“Hoje só tenho que agradecer a toda ajuda que eu recebi e também pelas orações. Com a ajuda eu consigo comprar meus medicamentos, que são muito caros, e com as orações eu me mantenho em pé
Na última semana, a Folha de Campo Largo publicou uma nota sobre um pedido de ajuda para a campo-larguense Rocilei Boaron, que passou recentemente pela sua oitava cirurgia no joelho esquerdo. Porém muitas pessoas perguntaram o que levou ela a essa condição.
A Folha conversou com Rocilei, que contou que sofreu um acidente em dezembro de 2014, ao amparar uma criança que estava visitando sua casa e estava chorando. “Ele caiu e eu corri para ajudá-lo, foi quando eu escorreguei. Minha perna inchou muito, teve rompimento do ligamento. Fiz a primeira cirurgia para alinhar e foi quando eu acabei pegando uma infecção hospitalar e o quadro complicou.”
Ela persistiu no tratamento com um médico de Curitiba, mas, após perceber que as perfurações vazavam líquido purulento e sentir muita dor, Rocilei decidiu procurar um médico de Campo Largo, que chegou a realizar cirurgias para limpar e aconselhou o tratamento junto com um infectologista. Ela permaneceu em tratamento por um ano e meio, quando foi aconselhada a procurar um médico especialista em Curitiba novamente.
“Passei por muitos procedimentos cirúrgicos, mas minha perna sempre estava muito inchada, ficava enfebrada e precisei remover a prótese no joelho para limpar. Em março deste ano eles decidiram retirar a prótese e colocar no lugar cimento cirúrgico e antibióticos. Foi quando constataram uma osteomelite, que é uma infecção no osso que pode ser passada para a corrente sanguínea e leva à morte, então precisaram fazer uma raspagem”, relembra.
Depois desses procedimentos, ela teve dois episódios de trombose e uma tromboembolia, que quase a levou a óbito, fazendo com que ficasse quatro dias internada. Precisou passar por mais uma cirurgia grande e, por estar tomando anticoagulantes, teve sangramento intenso, fazendo com que ficasse em anemia profunda e inconsciente. “Neste momento eu tive uma experiência divina. Enquanto eu estava desacordada, estive em um lugar com várias macas e passei para um outro lugar onde tinham algumas pessoas diferentes, coloridas, e disseram que iriam me tratar. Eu poderia morrer, mas na manhã seguinte eu acordei bem, disposta, já tomei banho e fui fazer fisioterapia”, conta.
Por causa desta cirurgia, ela precisou de doadores de sangue. Precisaria de 12 voluntários doadores, mas 51 pessoas realizaram a doação. Segundo ela, a equipe médica disse que a última cirurgia, que colocou uma prótese de joelho, é a última chance para recuperação de todos os movimentos da perna. Caso a recuperação não aconteça, será necessário realizar uma artrodese no joelho. Em outra hipótese eles precisarão amputar a perna.
Alto gasto
Atualmente, ela precisa tomar medicamentos muito caros, tanto anticoagulantes, como antibióticos, além das despesas médicas. Realiza fisioterapia e também drenagem linfática. Conta que trabalhava como massoterapeuta e guia de turismo, mas por causa da sua condição, já não consegue mais. O lançamento da campanha foi para ajudá-la para pagar as despesas médicas. “Hoje só tenho que agradecer a toda ajuda que eu recebi e também pelas orações. Com a ajuda eu consigo comprar meus medicamentos, que são muito caros, e com as orações eu me mantenho em pé”, finaliza.
As doações podem ser feitas por meio do link <http://vaka.me/644526>, pela conta da Caixa: agência – 0385, operação – 013, conta - 38182-5, titular é Arivaldo Brás Boaron, esposo dela, (CPF: 404.689.929-87), pela conta do Bradesco: agência - 1886-4, conta - 0009390-4, cuja titular é Rocilei do Rocio de Oliveira Boaron (CPF: 807.619.179-34).