Sábado de números expressivos e grande conquista de campo-larguenses. A embarcação Amnésia, formada por Rodrigo Pereira da Silva, Adriano Carlesso e Everson Vaz da Silva - do Cascudo Clube de Pesca,
Sábado de números expressivos e grande conquista de campo-larguenses. A embarcação Amnésia, formada por Rodrigo Pereira da Silva, Adriano Carlesso e Everson Vaz da Silva - do Cascudo Clube de Pesca, conquistou a 6ª colocação no 3º Campeonato Brasileiro de Pesca ao Robalo. O evento foi realizado no dia 13 de julho na Baía de Guaratuba.
Adriano explica que o campeonato consiste em capturar os seis maiores exemplares da espécie e a embarcação que pegar a maior quantidade em quilogramas vence a prova. O maior do grupo foi pego pelo Rodrigo, um robalo de 4,385Kg. Ao todo, pescaram 6,705Kg. Adriano comenta que no ano passado, no campeonato interno do Cascudo, foram premiados com o maior Robalo da história do clube (que tem 34 anos de existência) - um Robalo flecha de 84 cm pescado por ele.
“A pescaria esportiva consiste em pescar o peixe usando somente iscas artificiais, em diferentes técnicas de trabalho, em diferentes iscas, capturar o peixe, registrar e devolvê-lo imediatamente ao seu habitat”, explica Adriano. Para a pesca, vale qualquer tipo de isca artificial utilizando varas com carretilhas ou molinetes e com pescadores embarcados. Os peixes pescados são levados à pesagem, registro, passam por biólogos e, após marcados para estudo, são devolvidos à água. Além do evento em si pelos amantes da pesca, existem sérios estudos sobre a espécie para aprender mais sobre sua trajetória geográfica, crescimento e desenvolvimento, sempre pensando na preservação.
De acordo com regulamento do campeonato, os peixes pesados deverão estar vivos para que possam ser soltos novamente; os considerados sem condições de soltura serão descartados da pontuação e não poderão ser substituídos.
Tradição
Esse tradicional evento de pesca esportiva acontece desde 1976 no mesmo local, ininterruptamente, sendo nos últimos anos sob nova organização. O campo-larguense José Carlos Biscaia é um dos responsáveis pela organização e comenta que sempre foi mantida uma média de 100 barcos participantes, mas já chegou ao recorde de 212 barcos e 520 pescadores, resultado de um trabalho em conjunto para não deixar essa história morrer, apesar das dificuldades. Comenta que esse ano foi difícil patrocínio, mas mesmo assim conseguiram 184 barcos no mar e ainda um maior número de pescadores participantes, com três pescadores em cada barco.
“Nunca vi uma prova com tantos peixes grandes nestes mais de 30 anos participando”, declara Biscaia, destacando que o evento movimenta o turismo numa época que é de baixa temporada. Contou com a presença de gaúchos, cariocas, como também pessoas do interior do Paraná e Santa Catarina. O que, para os organizadores, é uma motivação para melhorar esse evento a cada ano.
Projeto Robalo
O evento conta com o Projeto Robalo, o qual faz pesquisa de acompanhamento dos peixes com medidas, pesos e tagueamento. O tag tem também um número de telefone para, quando for pescado, divulgarem a migração desse peixe, com objetivo de saber aonde percorre. Para Biscaia, neste campeonato ficou evidente a importância de ter o acompanhamento de um biólogo em um evento onde são capturados muitos peixes.
O biólogo auxilia no retorno do peixe ao mar. Biscaia explica que alguns pescados em grandes profundidades, ao subirem não conseguem compensar o ar, a bexiga fica estufada e não consegue descer. Então, o especialista faz um furo na nadadeira lateral, por baixo da escama e atinge a bexiga, tira o ar e o robalo ou qualquer outro peixe desce normalmente para o fundo. O Projeto proporciona uma interessante evolução da pesquisa.