Domingo às 24 de Novembro de 2024 às 05:28:10
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Pescadores de Campo Largo ficam em 6º lugar entre os mais de 180 barcos no Brasileiro de Pesca ao Robalo

Sábado de números expressivos e grande con­quista de campo-larguenses. A embarcação Am­nésia, formada por Rodrigo Pereira da Silva, Adriano Carlesso e Everson Vaz da Silva - do Cascudo Clu­be de Pesca,

Pescadores de Campo Largo ficam em 6º lugar entre os mais de 180 barcos no Brasileiro de Pesca ao Robalo

Sábado de números expressivos e grande con­quista de campo-larguenses. A embarcação Am­nésia, formada por Rodrigo Pereira da Silva, Adriano Carlesso e Everson Vaz da Silva - do Cascudo Clu­be de Pesca, conquistou a 6ª colocação no 3º Campeonato Brasileiro de Pesca ao Robalo. O evento foi realizado no dia 13 de julho na Baía de Guaratuba.

Adriano explica que o campeonato consiste em captu­rar os seis maiores exemplares da espécie e a embarca­ção que pegar a maior quantidade em quilogramas vence a prova. O maior do grupo foi pego pelo Rodrigo, um robalo de 4,385Kg. Ao todo, pescaram 6,705Kg. Adriano comenta que no ano passado, no campeonato interno do Cascudo, foram premiados com o maior Robalo da história do clube (que tem 34 anos de existência) - um Robalo flecha de 84 cm pescado por ele.

“A pescaria esportiva consiste em pescar o peixe usan­do somente iscas artificiais, em diferentes técnicas de tra­balho, em diferentes iscas, capturar o peixe, registrar e devolvê-lo imediatamente ao seu habitat”, explica Adriano. Para a pesca, vale qualquer tipo de isca artificial utilizando varas com carretilhas ou molinetes e com pescadores em­barcados. Os peixes pescados são levados à pesagem, re­gistro, passam por biólogos e, após marcados para estudo, são devolvidos à água. Além do evento em si pelos aman­tes da pesca, existem sérios estudos sobre a espécie para aprender mais sobre sua trajetória geográfica, crescimento e desenvolvimento, sempre pensando na preservação.

De acordo com regulamento do campeonato, os peixes pesados deverão estar vivos para que possam ser soltos no­vamente; os considerados sem condições de soltura serão descartados da pontuação e não poderão ser substituídos.

Tradição

Esse tradicional evento de pesca esportiva aconte­ce desde 1976 no mesmo local, ininterruptamente, sendo nos últimos anos sob nova organização. O campo-larguen­se José Carlos Biscaia é um dos responsáveis pela orga­nização e comenta que sempre foi mantida uma média de 100 barcos participantes, mas já chegou ao recorde de 212 barcos e 520 pescadores, resultado de um trabalho em con­junto para não deixar essa história morrer, apesar das difi­culdades. Comenta que esse ano foi difícil patrocínio, mas mesmo assim conseguiram 184 barcos no mar e ainda um maior número de pescadores participantes, com três pesca­dores em cada barco.

“Nunca vi uma prova com tantos peixes grandes nestes mais de 30 anos participando”, declara Biscaia, destacan­do que o evento movimenta o turismo numa época que é de baixa temporada. Contou com a presença de gaúchos, ca­riocas, como também pessoas do interior do Paraná e San­ta Catarina. O que, para os organizadores, é uma motivação para melhorar esse evento a cada ano.

Projeto Robalo

O evento conta com o Projeto Robalo, o qual faz pes­quisa de acompanhamento dos peixes com medidas, pesos e tagueamento. O tag tem também um número de telefo­ne para, quando for pescado, divulgarem a migração desse peixe, com objetivo de saber aonde percorre. Para Biscaia, neste campeonato ficou evidente a importância de ter o acompanhamento de um biólogo em um evento onde são capturados muitos peixes.

O biólogo auxilia no retorno do peixe ao mar. Biscaia explica que alguns pescados em grandes profundidades, ao subirem não conseguem compensar o ar, a bexiga fica es­tufada e não consegue descer. Então, o especialista faz um furo na nadadeira lateral, por baixo da escama e atinge a bexiga, tira o ar e o robalo ou qualquer outro peixe desce normalmente para o fundo. O Projeto proporciona uma inte­ressante evolução da pesquisa.