Henrique da Silva teve boa votação e ficou como suplente por ser conhecido pelas ações na Igreja Católica. Ele assume no lugar do então vereador Bento Vidal. que solicitou afastamento de suas funç&oti
Campo Largo passa a ter um novo representante na Câmara Municipal, o estudante de Direito Henrique Miguel Seguedi da Silva, de 25 anos. Ele assume no lugar do então vereador Bento Vidal, que solicitou afastamento de suas funções para tratar de assuntos pessoais, o que é possível de acordo com o regimento interno. A princípio é por 60 dias, o que pode ser alterado.
A posse de Henrique aconteceu na sessão desta segunda-feira (15), quando assinou um termo e então passou a assumir suas funções legislativas. Ele declarou que não terá medo de lutar contra as injustiças, não hesitará em falar a verdade e enfrentar os problemas da cidade. Afirmou que é preciso coragem para ir além da superfície dos fatos e tem profunda e genuína vontade de mudança. Ainda destacou que “as falhas no sistema público são nossas, que os vereadores têm missão de reestruturar a cidade”.
Irá trilhar um trabalho com uma visão de liberdade, que para ele é a mais necessária virtude de hoje. Detalha que é liberdade em vários pontos, como de escolha, desde as crianças na escola, que devem ser educadas a serem livres e não simplesmente reproduzirem padrões impostos. Quer ouvir a sociedade civil e afirmou que liberdade sem democracia não existe e o contrário também. Em seu discurso, comprometeu-se com a sociedade de deixá-los falar e também ouvir, e assim espera cumprir sua missão democrática.
Notícia inesperada
Henrique conta à reportagem da Folha que não estava esperando ser chamado para assumir como vereador. Estava trabalhando como secretário parlamentar do deputado federal Paulo Martins, para o qual desempenhava função político-partidária e ajudava em análise de constitucionalidade de projeto, até mesmo ajudou na elaboração de projeto para coibir fraudes no INSS.
Para ele é tudo muito novo. Conta que poderia, pela Constituição, compatibilizar os dois trabalhos e acumular os dois salários, mas pediu a exoneração do cargo que ocupava com o Paulo, por não achar justo não dedicar o tempo exclusivo a ser vereador. Além disso, diz que a população paga imposto demais para ter que ainda pagar por isso, não acha justo. Afirma estar animado para esse período como vereador e lisonjeado porque muitas pessoas estão felizes por ele ter assumido o cargo. “Hoje a responsabilidade do cargo é o que me inspira. Já assumo, desde essa segunda-feira, erros da cidade como meu, representante do povo, e tenho que fazer o que tiver ao meu alcance”, enfatiza.
Foi bem aceito entre os vereadores e muitos ele diz que já conhecia pelo período em que trabalhou como diretor geral da Secretaria de Governo de Campo Largo nessa gestão do Marcelo Puppi.
A moralidade e independência devem norteá-lo nesses dias de mandato, segundo afirmou à Folha. No período de recesso que iniciou nesta quarta-feira (17), ele quer se dedicar a estudar e se inteirar do que está acontecendo, como se aprofundar na Lei Orgânica do Município e revisão legislativa no que concerne à atividade de empreender. Diz ser muito próximo hoje da Acicla e acredita que uma das grandes mazelas da cidade é a baixa capacidade de empreendedorismo. Por isso, vai tentar ajudar com mudanças em leis que travam o desenvolvimento da cidade, como obtenção de alvará desde os microempreendedores a grandes indústrias, e ainda com o Plano Diretor, o que planeja revisar para tentar dar uma dinamicidade maior. “Cabe ao vereador ouvir a voz da cidade. Estou muito animado em poder fazer o bem para a cidade”, conclui.
Um pouco mais sobre Henrique
Filiado ao Democratas e candidato a vereador nas últimas eleições, Henrique recebeu 794 votos. Considera uma votação expressiva, principalmente no Centro de Campo Largo, mesmo tendo realizado uma campanha eleitoral em que gastou apenas R$ 4 mil. Diz ser filiado a esse partido estritamente por visão ideológica, por defender a liberdade. “Nos seus estatutos, o Democratas fala da liberdade, que vai muito além da liberdade econômica. Desde as crianças, que precisam de liberdade para crescer com saúde mental e ideológica, o empreendedor também precisa de liberdade”, argumenta.
Ele explica que seu trabalho político eleitoral se deve à atuação na Igreja Católica. Ele é coordenador dos ministros da Eucaristia da Paróquia Nossa Senhora da Piedade e desde os 06 anos de idade foi coroinha. Conta que nunca teve pretensão política, não tem família tradicional ou parentes na política, mas as pessoas na Igreja - por saberem da vontade de ajudar o próximo- falavam para ele ser candidato.
Se considera um estadista, um agente público que tem que prestar contas e respeitar a Lei. Acredita que o trabalho tem que ser pautado na legalidade e nas instituições democráticas.