A Campo-larguense Heloísa Garrett, organizou o Seminário Mulheres Positivas. Foi realizado nesta terça-feira (25), no Hotel Mabu em Curitiba, com presença de lideranças femininas.
A Campo-larguense Heloísa Garrett, CEO no Paraná do Lide - Grupo de Líderes Empresariais, organizou o Seminário Mulheres Positivas. Foi realizado nesta terça-feira (25), no Hotel Mabu em Curitiba, com presença de lideranças femininas.
A mediadora do seminário foi a jornalista Fabi Saad, autora de livros e colunista do Estadão, e participaram Rosângela Moro, advogada, formadora de opinião e esposa do ministro Sérgio Moro; Silvia Barcik, diretora da Renault e especialista em mobilidade urbana sustentável; Maria Dolores Gasparin, designer de joias; e Sandra Comodaro, advogada sócia-diretora da Nelson Willians Advogados e presidente do Lide Mulher Paraná.
O evento foi marcado por um bate-papo descontraído, com declarações de vivências que essas mulheres tiveram, enfrentaram e hoje são referência. Mulheres bem sucedidas, mas que também foram unânimes em mostrar a dificuldade que elas têm em delegar tarefas, que são muito centralizadoras e trabalham para melhorar a cada dia. Declararam que, nessa vida moderna, sonham em ter mais tempo e mais qualidade de vida.
Rosângela Moro foi bem enfática na sua valorização da família, que para ela é sua maior conquista. Contou que o maior desafio na vida foi ter que parar de trabalhar para poder acompanhar o marido, Sergio Moro, que pela profissão tinha que morar em diferentes cidades, como também deixar o trabalho de lado para cuidar dos filhos por um tempo. Hoje é atuante na profissão e tem um lado humano bem presente.
Em um universo bem masculino dentro da Renault, Silvia Barcik diz que é um desafio diário para a mulher ganhar seu espaço. Hoje a empresa é formada por 15% de mulheres e ainda há situações das opiniões das mulheres não serem tão respeitadas por outros homens, delas serem interrompidas quando falam, de ideias de uma mulher serem replicadas por um homem e parecer ter mais valor, entre outros exemplos que ela deu. Mesmo assim, hoje ela é uma liderança e respeitada pelo trabalho que executa, sendo a responsável pela implementação do veículo elétrico Renault no Brasil. Declara-se uma apaixonada por estudar em como deixar as cidades melhores para as pessoas viverem.
A história da Maria Dolores emocionou muitas pessoas presentes e foi um dos exemplos de que tem que se aproveitar as oportunidades, mas também se preparar para elas, fazendo o melhor possível. Além disso, fazer o que ama, que o resultado vem. Ela diz ser movida a desafios e que as dificuldades precisam ser bem vistas, pois são momentos de amadurecimento. Sempre incentivada pela mãe no dom por desenhos, conta que iniciou fazendo suas próprias bijuterias, até que foi tendo aceitação e em um bazar uma pessoa da Bergerson gostou do seu trabalho e então foi contratada. Detalhou como foi essa trajetória e o quanto queria estar preparada para exercer essa função que tanto valorizou.
Sempre teve o desejo de empreender e, após quatro anos na Bergerson, Maria Dolores abriu sua primeira loja. O que antes era apenas um trabalho criativo começou a ter novas responsabilidades e foi um grande desafio na sua carreira. Mais uma vez aproveitando uma oportunidade que a vida lhe dava, seu principal fabricante disse que era complicado fazer as peças dela, muito detalhista, e que ela tinha que aumentar a demanda para valer a pena ele fazer. Foi então que ela sentiu que precisava crescer e teve apoio do marido na expansão da marca, de uma para quatro lojas. O sucesso vem acompanhando a trajetória dela pelas peças diferenciadas que produz. Com esse crescimento, ela declara que hoje um dos desafios é manter a paz e equilíbrio emocional para ser criativa, no trabalho que depende da criação dela. Para isso, também acredita na energia das pedras. Diz que seu sonho, hoje, é levar a marca para o mundo inteiro.
Sandra Comodaro hoje é uma das mulheres mais influentes no Brasil e coordena a operação da Nelson Wilians Advogados no Paraná, com uma carteira de mais de 1.200 empresas. Conta que o maior desafio da carreira foi sair de uma empresa com ambiente familiar, onde já tinha conquistado seu espaço, e ver que precisava de novas experiências. Ficou sete meses desempregada só estudando para a prova da OAB quando então conseguiu um lugar no escritório em que hoje é sócia. Ela se emociona ao lembrar da dificuldade quando veio para o Paraná, onde não tinha indicação nem de quem contratar como copeira, quem dera como cliente, e precisou conquistar tudo do zero.