Domingo às 24 de Novembro de 2024 às 08:46:43
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Sem antipó e calçadas, moradores da Rua Maria Madalena Vaz Silva sofrem com falta de acessibilidade

Como a rua é íngreme, a dificuldade é maior para aqueles que precisam caminhar nela, especialmente em dias de chuva, com o barro; o grau de dificuldade de transitar na rua aumenta

Sem antipó e calçadas, moradores da Rua Maria Madalena Vaz Silva sofrem com falta de acessibilidade
Moradores da Rua Maria Madalena Vaz Silva, no Campo do Meio, procuraram a Folha de Campo Largo para relatar dificuldades que todos passam com uma rua sem calçadas, antipó ou asfalto e manilhamento. Como a rua é íngreme, a dificuldade é maior para aqueles que precisam caminhar nela, especialmente em dias de chuva, com o barro; o grau de dificuldade de transitar na rua aumenta quando precisa ser feito por uma pessoa que tem alguma dificuldade motora, é idosa ou tem deficiência física.
“Minha irmã é deficiente visual e quando precisa ir para o ponto de ônibus nós temos que levá-la, porque ela não consegue andar sozinha aqui, é muito perigoso, tem valetas, a rua é desnivelada, não tem calçada. Isso piora muito em dias de chuva”, relatou um morador.
Ele mora há 14 anos neste endereço e conta que sempre foram realizados pedidos para conserto nessa rua, porém nunca foram atendidos. Nesta semana, ele entrou em contato com um vereador, para verificar o que poderia ser feito no local.
Outra moradora contou que a sua filha necessita usar cadeira de rodas, e subir a rua não é nada fácil. “Eu preciso sair muito com a minha filha para ir ao médico e fazer exames. Na semana passada quase virou a cadeira num buraco. A rua é cheia de pedrinhas, não tem o mínimo de condições de uma pessoa com cadeira de rodas andar por aqui. É triste porque não é a primeira vez que pedimos para que a Prefeitura conserte o local”, conta.
A filha dela tem diagnóstico de autismo severo, epilepsia e trata de tuberculose há um ano no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Atualmente a criança tem 9 anos e pesa 48kg, o que faz com que a mãe tenha muitas dificuldades para transitar com ela no trecho.
Os moradores conseguiram que máquinas, a princípio, se deslocassem até a rua nesta terça-feira (18), mas a movimentação foi cancelada por problemas técnicos nas máquinas. Na quarta-feira (19), no entanto, máquinas realizaram o sabreamento para nivelar o local, o que foi classificado pelos moradores como uma medida temporária, que não será capaz de sanar as dificuldades por muito tempo.
Eles entraram em contato com um vereador da cidade, que realizou visitas e fez a soliciatação à Secretaria de Viação e Obras. A Folha entrou em contato com o gabinete do vereador em questão, que preferiu não se manifestar sobre o caso, porém, o morador enviou um documento dizendo que ele pediu que a rua seja asfaltada em caráter de urgência, visto esses agravantes. A rua tem aproximadamente 300 metros que, segundo os moradores, precisam ser asfaltados, construídas calçadas e realizado o manilhamento. Eles iniciaram um abaixo-assinado para requisitar o asfalto, mas têm esperança que ele seja realizado o quanto antes, especialmente por causa dessas pessoas que têm dificuldades em sua locomoção.
Nós entramos em contato com a Prefeitura de Campo Largo para verificar quando esse asfalto será possível, mas não tivemos resposta até o fechamento da edição.