Domingo às 24 de Novembro de 2024 às 08:38:12
Geral

Pedestres questionam qualidade do calçamento e presença de mato na Avenida Ayrton Senna

As reclamações também surgem da dificuldade de atra­vessar a antiga BR-277, já que os automóveis andam em alta velocidade

Pedestres questionam qualidade do calçamento e presença de mato na Avenida Ayrton Senna

Uma das mais longas e também movimenta­das avenidas da cidade, a Ayrton Senna tem sido alvo de críticas na internet e também dire­tamente para a Folha de Campo Largo. Os pedestres que precisam transitar por ali ou fazem suas atividades físicas encontram dificuldade em caminhar, já que as calçadas es­tão em péssimas condições e, com certa frequência, o mato fica bastante alto.

As reclamações também surgem da dificuldade de atra­vessar a antiga BR-277, já que os automóveis andam em alta velocidade. Existe um grande número de estudantes que precisam passar por ali, seja pela manhã, tarde ou noi­te. Em horários de pico e dias de chuva, como foram esses últimos dias, a espera pela travessia a pé fica ainda mais arriscada. Há trechos com vários cruzamentos; alguns mo­toristas não prestam atenção na sinalização e insistem em realizar manobras proibidas e trafegar na contramão.

Conhecendo a realidade dos pedestres do local, a Folha de Campo Largo procurou o setor de Zoneamento Urbano da Prefeitura de Campo Largo e apresentou as si­tuações. O secretário adjunto do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Juarez Carvalho, explicou que aquele tre­cho ainda não está em poder do município de Campo Lar­go, mas a Prefeitura vem fazendo esforços para que a área seja concedida por ser um grande território.

Todo esse espaço, que vai desde o Itaqui até a Rondi­nha, mede aproximadamente oito quilômetros e tem uma largura expressiva, com trechos que chegam a 60 metros que em sua grande maioria é plana, sendo um dos maiores terrenos públicos em poder do Estado do Paraná.

Juarez explicou ainda que a busca pelo Município em adquirir este terreno vem desde o governo Beto Richa, mas há pouco tempo foi iniciado o processo por parte do Esta­do. Para que este trecho seja concedido ao município é pre­ciso participar de uma comissão, que avaliará o patrimônio da cidade, bem como a área. Um engenheiro e um colabo­rador responsável pelo Patrimônio de Campo Largo já foram escolhidos para integrar a comissão representando Campo Largo. Porém, o cronograma de atividades ainda não foi di­vulgado pela organização da comissão.

Como este terreno ainda não pertence a Campo Largo, não cabe ao Município realizar limpeza ou conserto do cal­çamento. “Depois da transposição da BR-277, este trecho ficou com o trânsito reduzido, mas ele ainda é bastante in­tenso, especialmente no que compreende bairros populo­sos, como Vila Operária, Loteamento São Francisco e toda a região que vai desde o início do Rivabem até o antigo Pos­to Bassani”, diz.

Portanto, segundo Juarez, a responsável pelo local continua sendo a CCR Rodonorte, que em trabalhos peri­ódicos comparece ao local para realizar roçadas e limpeza de lixo jogado pelos veículos e pedestres que por ali pas­sam. A Prefeitura também realiza quando a situação está mais crítica.

Ele reitera ainda que a região não deve ser destinada para as práticas esportivas, não somente pela falta de cal­çamento adequado, como uma pista de corrida ou ciclovia, mas também porque existe um grande fluxo de carros, ca­minhões, ônibus e motocicletas, o que pode oferecer muitos riscos a pedestres e ciclistas. “Uma vez que aquele terreno passar ao município, nós trabalharemos com a integração entre bairros, para não ficar a sensação de corte na cida­de e também teremos condições de fazer obras para bene­fício do cidadão, estas que poderão incluir pistas de corrida, ciclovias, academias para a terceira idade, quadras esporti­vas, entre outros. Porém é preciso que a população enten­da que estamos em meio a um processo, que demora um certo tempo para ser concluído. No futuro haverá um gran­de benefício para os cidadãos com aquele terreno em mãos da Prefeitura”, finaliza.