As reclamações também surgem da dificuldade de atravessar a antiga BR-277, já que os automóveis andam em alta velocidade
Uma das mais longas e também movimentadas avenidas da cidade, a Ayrton Senna tem sido alvo de críticas na internet e também diretamente para a Folha de Campo Largo. Os pedestres que precisam transitar por ali ou fazem suas atividades físicas encontram dificuldade em caminhar, já que as calçadas estão em péssimas condições e, com certa frequência, o mato fica bastante alto.
As reclamações também surgem da dificuldade de atravessar a antiga BR-277, já que os automóveis andam em alta velocidade. Existe um grande número de estudantes que precisam passar por ali, seja pela manhã, tarde ou noite. Em horários de pico e dias de chuva, como foram esses últimos dias, a espera pela travessia a pé fica ainda mais arriscada. Há trechos com vários cruzamentos; alguns motoristas não prestam atenção na sinalização e insistem em realizar manobras proibidas e trafegar na contramão.
Conhecendo a realidade dos pedestres do local, a Folha de Campo Largo procurou o setor de Zoneamento Urbano da Prefeitura de Campo Largo e apresentou as situações. O secretário adjunto do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Juarez Carvalho, explicou que aquele trecho ainda não está em poder do município de Campo Largo, mas a Prefeitura vem fazendo esforços para que a área seja concedida por ser um grande território.
Todo esse espaço, que vai desde o Itaqui até a Rondinha, mede aproximadamente oito quilômetros e tem uma largura expressiva, com trechos que chegam a 60 metros que em sua grande maioria é plana, sendo um dos maiores terrenos públicos em poder do Estado do Paraná.
Juarez explicou ainda que a busca pelo Município em adquirir este terreno vem desde o governo Beto Richa, mas há pouco tempo foi iniciado o processo por parte do Estado. Para que este trecho seja concedido ao município é preciso participar de uma comissão, que avaliará o patrimônio da cidade, bem como a área. Um engenheiro e um colaborador responsável pelo Patrimônio de Campo Largo já foram escolhidos para integrar a comissão representando Campo Largo. Porém, o cronograma de atividades ainda não foi divulgado pela organização da comissão.
Como este terreno ainda não pertence a Campo Largo, não cabe ao Município realizar limpeza ou conserto do calçamento. “Depois da transposição da BR-277, este trecho ficou com o trânsito reduzido, mas ele ainda é bastante intenso, especialmente no que compreende bairros populosos, como Vila Operária, Loteamento São Francisco e toda a região que vai desde o início do Rivabem até o antigo Posto Bassani”, diz.
Portanto, segundo Juarez, a responsável pelo local continua sendo a CCR Rodonorte, que em trabalhos periódicos comparece ao local para realizar roçadas e limpeza de lixo jogado pelos veículos e pedestres que por ali passam. A Prefeitura também realiza quando a situação está mais crítica.
Ele reitera ainda que a região não deve ser destinada para as práticas esportivas, não somente pela falta de calçamento adequado, como uma pista de corrida ou ciclovia, mas também porque existe um grande fluxo de carros, caminhões, ônibus e motocicletas, o que pode oferecer muitos riscos a pedestres e ciclistas. “Uma vez que aquele terreno passar ao município, nós trabalharemos com a integração entre bairros, para não ficar a sensação de corte na cidade e também teremos condições de fazer obras para benefício do cidadão, estas que poderão incluir pistas de corrida, ciclovias, academias para a terceira idade, quadras esportivas, entre outros. Porém é preciso que a população entenda que estamos em meio a um processo, que demora um certo tempo para ser concluído. No futuro haverá um grande benefício para os cidadãos com aquele terreno em mãos da Prefeitura”, finaliza.