Aos poucos, a situação tem sido revertida e a confiança dos pais de alunos já tem aumentado – até por isso aumentaram de 500 para aproximadamente 800 alunos matriculados neste ano
A Folha já divulgou alguns atos de vandalismo contra o Colégio Djalma Marinho, até mesmo na ocupação da escola em 2016; prejuízos que vinham sendo somados. A falta de segurança chegou a ser uma situação crítica, com constante furto de merenda escolar e salas destruídas. Aos poucos, a situação tem sido revertida e a confiança dos pais de alunos já tem aumentado – até por isso aumentaram de 500 para aproximadamente 800 alunos matriculados neste ano.
Atualmente são 80 professores no colégio, sob orientação da diretora Tatiane Moura que assumiu no início de fevereiro deste ano. Ela já foi pedagoga do Colégio e há seis anos tinha saído para trabalhar no Núcleo Regional de Educação, onde adquiriu importante experiência para hoje assumir a direção da escola.
Ela comenta que a escola estava com estrutura bem precária e diz que ainda há muito a melhorar, mas que o trabalho tem sido feito diariamente, com planejamento e ajuda do Governo do Estado, Associação de Pais, Mestres e Funcionários e trabalho comunitário. “Tudo que é prioridade nós estamos fazendo”, comenta.
A questão de segurança melhorou consideravelmente no colégio, como também o controle de frequência. Todo dia os alunos carimbam a agenda no ato da entrada e se não forem à escola no dia seguinte é carimbada a falta. Quando a direção percebe a falta frequente do aluno, já estão tomando medidas, como ir à casa do mesmo verificar o que está acontecendo. Com alguns ajustem, foi possível manter as aulas no período noturno. Outra conquista comemorada pela professora é que atualmente 100% dos alunos estão uniformizados, pois foram comprados 58 uniformes para alunos que não tinham condições e puderam oferecer essa condição igualitária a todos.
Salas
Em algumas salas foram grandes os prejuízos devido ao vandalismo, até mesmo atearam fogo aonde eram realizadas aulas de cerâmica. Neste local, que agora já foi todo limpo, passará por pintura para renovar o ambiente e também cobrir toda a parte queimada, e passará a funcionar como sala para aula de Artes no segundo semestre. Também está sendo reformada a sala de apoio e recursos, pois o objetivo é voltar a prestar esse atendimento específico para alguns alunos.
A reforma tem sido realizada através de serviço comunitário junto com funcionários e recursos da APMF. Com esse trabalho em conjunto também está sendo possível reformar o depósito de merenda, onde até mesmo era necessário ter correntes nas portas devido aos furtos já realizados, mas esse ano não foram registradas ocorrências e a nova estrutura está sendo mantida, com muita organização pelos funcionários.
Duas pequenas casas de madeira eram utilizadas anos atrás como salas de aula, mas estão condenadas e precisam ser demolidas, por questão de segurança. Já há projeto para neste local serem construídas a biblioteca e uma sala de informática. Os professores ganharam uma sala mais ampla e também com recursos da APMF foi possível realizar manutenções de banheiros, torneiras, salas de aula e compra de lâmpadas. Está sendo aguardada a liberação do recurso do Projeto Escola 1000, do Estado, para reforma da estrutura externa. A escola já foi contemplada, mas falta aprovação do engenheiro para então liberar o dinheiro, que será usado para obras de custo alto, como troca de vidros e pintura, por exemplo.
Mais segurança
O colégio tem 58 câmeras de segurança instaladas para controle interno. É realizado o monitoramento de toda a escola, como na rua, dentro das salas, pátios e quadra. Até mesmo para controle de mau comportamento as câmeras auxiliam, porque é possível voltar as imagens e verificar o ocorrido. Mas Tatiane frisa que nenhuma imagem sai da escola e os pais também não podem olhar, a não ser solicitada pela Justiça.
O Colégio agora também recebeu o Programa Escola Segurança, em que recebe diariamente dois policiais militares que ficam presentes na escola para conter possíveis situações irregulares e problemas com drogas, por exemplo. Eles têm uma sala própria para não deixar o aluno exposto em alguma situação e tomar as providências cabíveis.