Campanha Maio Amarelo ressalta a importância da conscientização dos motoristas e pedestres no trânsito
O mês de maio recebe a cor amarela a fim de conscientizar toda a sociedade, motoristas, motociclistas, ciclistas, pedestres e todos que participam do trânsito. Neste ano, a campanha tem como slogan “No trânsito, o sentido é a vida”. O site oficial da campanha traz que “de acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária, os acidentes não acontecem, mas sim são frutos de escolhas inadequadas e arriscadas. Para José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do Observatório, a maioria dos acidentes têm como motivação as falhas humanas como imperícia, imprudência e desatenção. ‘Somos os responsáveis pelos nossos atos no trânsito e ter consciência clara disso é um dos caminhos para a reversão do triste cenário não só do Brasil, mas de todo o mundo’, reforça”.
A campanha também visa alertar para o número de mortes no trânsito. Há algumas semanas, a equipe da Folha de Campo Largo já havia percebido um número maior de mortes e acidentes de trânsito comparado ao ano de 2018, por isso, foi realizada a consulta dos arquivos de jornais publicados entre janeiro e início de maio de 2018 e janeiro e início de maio de 2019, para fins de comparação.
No ano passado, dentro deste período, foram publicadas na Folha de Campo Largo matérias referentes a cinco mortes causadas por acidentes de trânsito. Neste ano, no mesmo período já foram registradas 16 vítimas nas páginas dos jornais, ou seja foram três vezes mais mortes do que no ano passado.
Em 2019, a grande maioria das vítimas foram homens, totalizando 14, com maior número dos casos ocorridos nos trechos de rodovias que cortam o município, no número de 13 ocorrências registradas. O meio de transporte que mais se envolveu em acidentes foram motocicletas, no total de oito acidentes fatais.
Os atropelamentos também tiveram um número expressivo, com cinco pedestres que foram vítimas fatais e um ciclista também perdeu a vida desta forma. Na lista completam duas situações envolvendo carros.
O maior número de vítimas foi registrado no mês de abril, com seis situações, seguido dos meses de fevereiro, março e maio com três registros cada e fechando com uma ocorrência em janeiro.
Acidentes não fatais divulgados
Também foi feito um levantamento sobre o número de matérias divulgadas sobre acidentes de trânsito, porém sem fatalidades, apenas com prejuízos materiais ou no máximo pessoas feridas. Durante este mesmo período imposto para o levantamento, em 2019 foram publicadas na Folha 39 matérias sobre acidentes de trânsito, onde o tema mais recorrente foram os capotamentos, com sete situações, e motociclista ferido em colisão, com seis registros. Colisões envolvendo veículos (automóveis e caminhões) foram três situações, assim como atropelamento de ciclistas e caminhões de grande porte que tombaram ou acabaram ficando desgovernados.
No ano passado, neste mesmo período, foram feitas 25 matérias referentes a acidentes com danos materiais ou pessoas feridas. Nesse período, foram registrados sete capotamentos e sete motociclistas feridos em colisão e ainda seis colisões entre veículos.
Deu acidente e agora?
O capitão Paulo, com base em informações do site da Polícia Militar do Paraná, orienta para que em casos de acidente, pessoas que estejam próximas e possam ajudar tomem algumas atitudes.
A primeira delas é acionar as autoridades, como Siate (193), Samu (192), Polícia Militar (190) e em caso de acidentes em rodovias a Polícia Rodoviaria Federal (191). Essas pessoas são treinadas e capacitadas para atenderem essas ocorrências.
“Em caso de acidente de trânsito, pare seu veículo em local seguro, mais ou menos 30 metros, sinalize usando triângulo, galhos de árvores, ligue o pisca-alerta etc. Ilumine o local com lanterna ou luz do veículo, jamais use fósforo ou uma chama de fogo exposta. Não remova ninguém, a não ser que haja perigo de incêndio.”
Diz ainda que manter a calma é essencial nesses momentos. “Afaste os curiosos e evite comentários trágicos sobre o estado das pessoas machucadas (feridas). Geralmente as que estão em situação pior não são aquelas que gemem e gritam de dor e sim as que ficam caladas em seu canto, ou então estão desacordadas.”
Também destaca a importância do uso do cinto de segurança, independente de serem longos ou curtos trajetos. “O cinto de segurança é um dispositivo simples que serve para proteger sua vida e diminuir as consequências dos acidentes. Ele impede, em caso de colisão, que seu corpo se choque contra o volante, painel e parabrisas, ou que seja projetado para fora do carro. Os passageiros sentados no banco traseiro, sem os cintos de segurança, não somente se põem em perigo, como também colocam em perigo os passageiros dos bancos dianteiros. Gestantes e pessoas fisicamente debilitadas também devem utilizar os cintos de segurança, elas estão mais propensas a ficarem seriamente feridas se não estiverem usando cintos de segurança.”
Aumento dos casos causa preocupação e campanha busca promover maior responsabilidade no trânsito