Domingo às 24 de Novembro de 2024 às 08:36:14
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Dois colégios em Campo Largo foram incluídos no Programa Escola Segura

Projeto visa que a comunidade escolar tenha mais segurança e esteja integrada com a PM

Dois colégios em Campo Largo foram incluídos no Programa Escola Segura

Cerca de cem policias militares da reserva iniciaram nesta sema­na o Programa Escola Segura, do Governo do Estado. Eles começaram a atuar em 50 escolas do Paraná, sendo que duas delas são de Campo Largo - o Colégio Estadual Macedo Soares e Colégio Estadu­al Djalma Marinho. O objetivo é proporcionar à comunidade escolar uma expansão à rede de segurança, colaborando com o desenvol­vimento cultural e social dos estudantes.

A Folha já divulgou algumas situações destas escolas referente a uso de drogas nas imediações e alguns conflitos. Desde então, policiais locais, a própria comunida­de e escolas têm se unido com ações para tentar combater essas infrações. Romana Morais, diretora do Colégio Macedo Soares, comenta que foi uma surpresa esse progra­ma e que os policiais estão vindo para me­diar conflitos, fazer parceria segura com as famílias, alunos e comunidade. Ela comenta que a Patrulha Escolar também está cons­tantemente na escola fazendo palestras e tem ajudado muito; psicólogos dão palestras para falar sobre relacionamentos, bullying, entre outros assuntos relevantes aos jovens; professores se envolvem em projetos para conscientização dos alunos e os resultados têm sido bem positivos.

Além da presença física do policial, o programa também prevê o suporte de uni­dades móveis da Polícia Militar e integra­ção com o serviço de inteligência da área de segurança. Mais policiais militares serão convocados à medida que o projeto for ex­pandindo, para atuar em outras instituições. O treinamento aos policiais para atuar na Região Metropolitana de Curitiba ocorrem na Academia Policial do Guatupê (APMG), em São José dos Pinhais. Eles participam de treinamentos técnicos de conhecimentos gerais sobre o policiamento escolar, aborda­gem policial e capacitação de tiro. “Eles es­tão vendo quais serão as atribuições dentro e no entorno das escolas, o histórico do Ba­talhão da Patrulha Escolar Comunitária, li­mites entre indisciplinas e atos infracionais e as atribuições específicas do BPEC e do corpo de militares do programa”, explicou o capitão David Paris do Amaral.

O curso para os diretores teve dura­ção de 4h30, durante as quais trabalharam questões relacionadas às atribuições da equipe gestora das escolas, ato infracional e indisciplina, encaminhamento e medidas socioeducativas, além da interação com os policiais militares.

Segundo informações do Governo do Estado, o programa é resultado da parce­ria entre as Secretarias da Educação e da Segurança Pública, que prevê a presen­ça de policiais militares da reserva nas es­colas estaduais em dois turnos: das 7h às 15h e das 15h às 23h. Serão dois policiais militares por escola. O trabalho é um com­plemento às atividades preventivas já de­sempenhadas pelo Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), unidade res­ponsável pelo treinamento dos policiais militares voluntários e que coordenará o trabalho do programa nos colégios estadu­ais.

Com a presença mais constante nos co­légios, o objetivo é reforçar a atuação pre­ventiva da Polícia Militar, desenvolvendo atividades que envolvam estudantes, pais e responsáveis, incluindo ainda os professo­res e a coordenação pedagógica das unida­des de ensino, para inibir crimes e delitos, bem como incentivar a participação da co­munidade escolar em ações que previnam o tráfico e uso de drogas, violência, bullying e dano ao patrimônio público.