Projeto visa que a comunidade escolar tenha mais segurança e esteja integrada com a PM
Cerca de cem policias militares da reserva iniciaram nesta semana o Programa Escola Segura, do Governo do Estado. Eles começaram a atuar em 50 escolas do Paraná, sendo que duas delas são de Campo Largo - o Colégio Estadual Macedo Soares e Colégio Estadual Djalma Marinho. O objetivo é proporcionar à comunidade escolar uma expansão à rede de segurança, colaborando com o desenvolvimento cultural e social dos estudantes.
A Folha já divulgou algumas situações destas escolas referente a uso de drogas nas imediações e alguns conflitos. Desde então, policiais locais, a própria comunidade e escolas têm se unido com ações para tentar combater essas infrações. Romana Morais, diretora do Colégio Macedo Soares, comenta que foi uma surpresa esse programa e que os policiais estão vindo para mediar conflitos, fazer parceria segura com as famílias, alunos e comunidade. Ela comenta que a Patrulha Escolar também está constantemente na escola fazendo palestras e tem ajudado muito; psicólogos dão palestras para falar sobre relacionamentos, bullying, entre outros assuntos relevantes aos jovens; professores se envolvem em projetos para conscientização dos alunos e os resultados têm sido bem positivos.
Além da presença física do policial, o programa também prevê o suporte de unidades móveis da Polícia Militar e integração com o serviço de inteligência da área de segurança. Mais policiais militares serão convocados à medida que o projeto for expandindo, para atuar em outras instituições. O treinamento aos policiais para atuar na Região Metropolitana de Curitiba ocorrem na Academia Policial do Guatupê (APMG), em São José dos Pinhais. Eles participam de treinamentos técnicos de conhecimentos gerais sobre o policiamento escolar, abordagem policial e capacitação de tiro. “Eles estão vendo quais serão as atribuições dentro e no entorno das escolas, o histórico do Batalhão da Patrulha Escolar Comunitária, limites entre indisciplinas e atos infracionais e as atribuições específicas do BPEC e do corpo de militares do programa”, explicou o capitão David Paris do Amaral.
O curso para os diretores teve duração de 4h30, durante as quais trabalharam questões relacionadas às atribuições da equipe gestora das escolas, ato infracional e indisciplina, encaminhamento e medidas socioeducativas, além da interação com os policiais militares.
Segundo informações do Governo do Estado, o programa é resultado da parceria entre as Secretarias da Educação e da Segurança Pública, que prevê a presença de policiais militares da reserva nas escolas estaduais em dois turnos: das 7h às 15h e das 15h às 23h. Serão dois policiais militares por escola. O trabalho é um complemento às atividades preventivas já desempenhadas pelo Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), unidade responsável pelo treinamento dos policiais militares voluntários e que coordenará o trabalho do programa nos colégios estaduais.
Com a presença mais constante nos colégios, o objetivo é reforçar a atuação preventiva da Polícia Militar, desenvolvendo atividades que envolvam estudantes, pais e responsáveis, incluindo ainda os professores e a coordenação pedagógica das unidades de ensino, para inibir crimes e delitos, bem como incentivar a participação da comunidade escolar em ações que previnam o tráfico e uso de drogas, violência, bullying e dano ao patrimônio público.