Domingo às 24 de Novembro de 2024 às 08:27:57
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Filhos devem ser incentivo para mãe voltar ao mercado de trabalho

Há dois tipos de mães: aquelas que após o nas­cimento da criança decidem dar um tempo nas suas rotinas de trabalho, e também aquelas que não que­rem (ou não podem) parar

Filhos devem ser incentivo para mãe voltar ao mercado de trabalho

Há dois tipos de mães: aquelas que após o nas­cimento da criança decidem dar um tempo nas suas rotinas de trabalho, esticando o período de licença-maternidade até a criança completar certa idade, para voltar ao mercado; e também aquelas que não que­rem (ou não podem) parar. Nenhuma delas está certa ou errada, porém o fato é que o mercado de trabalho é com­petitivo e mutável, por isso elas devem estar preparadas para o retorno.

A administradora e gestora em Educa­ção Suellen Mikaldo Simões teve as duas experiências e hoje ajuda alunas que estão no período de gestação e se sentem insegu­ras. “Eu tive meu primeiro filho aos 20 anos, quando ainda fazia faculdade. Tive todo o suporte dos meus pais que me ajudaram e fiquei com ele até os 02 anos e meio. O mais novo, que agora tem 04 anos, eu vol­tei ao trabalho quando ele tinha apenas 03 meses, foi bem difícil, mas foi muito neces­sário. Eu sempre falo para as minhas alunas que é difícil, principalmente quando não tem apoio da família ou do pai da criança, mas é muito necessário voltar.”

Segundo Suellen, algumas empresas já apresentam uma flexibilização na questão da maternidade, oferecendo inclusive creches dentro do ambiente de trabalho ou auxílio para pagar um estabe­lecimento de ensino. Em contrapartida, outras empresas acreditam que a maternidade é um problema e fazem perguntas capciosas ou invasivas ainda na entrevista de emprego.

“Infelizmente é comum o entrevistador perguntar se a mulher pretende ter filhos ou se ela já tem, se a resposta for positiva à maternidade, eles perguntam ‘o que você vai fazer com o seu filho’, eu sei porque já passei por isso, até mais de uma vez. Nestes casos, o indicado é se manter tranquila, responder com sinceridade e contar da rede de apoio que você pode ter, como família, amigos, vizinhos, escola, se tiver. Não comece já se justificando, espere a pergunta surgir”, orienta.

“Os filhos devem ser vistos como uma motivação, um incentivo e até um motivo para voltar ao mercado de tra­balho. É sempre escolha da mulher, mas ela tem que ter em mente que será inspiração para seus filhos, que a ve­rão como uma supermãe, independente se ela é mãe de meninas ou meninos”, completa.

Caso esteja desempregada, a mulher deve buscar a recolocação, mas sempre avaliando o quão benéfico será ela trabalhar naquela empresa, avaliar as oportunidades de crescimento na empresa e como aquela vaga poderá trazer experiências engrandecedoras para seu currículo. “Não é aceitar qualquer vaga, sem ser seu perfil ou de for­ma desesperada. É importante se sentir motivada naque­le emprego, para não se tornar frustrada. É preciso equilí­brio, para não acabar procurando empregos já em cargos altos, com salários expressivos, é sempre bom começar a caminhada em busca da subida, a começar já no topo. Calma, paciência e prudência. O foco durante o exercício do trabalho também é essencial”, recomenda.

Atualização e contatos

“Não se feche. Permaneça aberta para contatos, ami­zades, tenha uma rede social e mostre às pessoas que você está disponível. Faça um trabalho voluntário se for possível, pois também serve de exemplo para seu filho. O estudo também é a chave para conseguir uma recoloca­ção, pois permite a atualização constante”, finaliza.