A partir da metade do ano, pacientes do CMH receberão um adesivo que identificará sua gravidade para atendimento
Nesta semana, a Folha de Campo Largo recebeu reclamações referente aos atendimentos no Centro Médico Hospitalar e na Unidade Básica de Saúde do Centro e procurou a Secretaria de Saúde para a apresentação de respostas às situações vivenciadas por quem precisa utilizar o equipamento público.
Durante a reunião, estiveram presentes a secretária municipal de Saúde, Chrystiane Chemin; a secretária adjunta de Vigilância Sanitária e Atenção à Saúde, Daniele Fedalto; Suelen Bromann, responsável técnica de Enfermagem; Leoni dos Santos, do Departamento Vigilância em Saúde; e Kátia Affonso, secretária adjunta de Urgência e Emergência do Centro Médico Hospitalar.
A primeira reclamação apresentada pela Folha foi sobre o Centro Médico Hospitalar. Alguns leitores relataram uma demora no atendimento dos pacientes durante o final de semana do dia 6, sendo que um deles relatou ter esperado até três horas para ser atendido no local. Kátia, representante do CMH, afirmou que realmente houve um quadro reduzido de médicos durante o atendimento no domingo, ocasionado por atestados médicos apresentados pelos profissionais, que estavam incapazes de trabalhar naquele dia. Entretanto, a secretária Chrystiane ressalta que todos os atendimentos de urgência e emergência foram feitos pelos médicos, já que essa é a principal função do CMH.
“Aconteceu realmente uma demora para atendimentos no último domingo, que é um dos nossos dias de pico, e não tivemos tempo hábil para reorganizar a escala e conseguir mais médicos para o atendimento. Em dias normais, estão trabalhando sete médicos por turno, e nos dias de pico, considerados domingo e segunda, são oito profissionais de prontidão. O que devemos destacar aqui é que a classificação feita pela equipe de Enfermagem, que é a triagem, é muito importante. Quando você chega ao CMH, é imediatamente atendido pelo enfermeiro(a), que faz a classificação. Se for um caso de urgência/emergência, é passado na frente de todo mundo”, diz Kátia.
O CMH está passando por um momento de contratação de médicos que foram selecionados via concurso público, o que também acaba gerando interferências, porém, tudo é feito de forma com que a população sinta o menos possível.
Segundo as responsáveis, está no início de uma época (Outono/Inverno) em que mais pessoas procuram o CMH, principalmente por doenças sazonais como gripes, resfriados e picadas de aranha marrom, por exemplo. “Essas doenças devem ser acompanhadas por um médico ou enfermeiro da Unidade Básica de Saúde, seja ela em crianças, adultos ou idosos. São doenças que levam um tempo para se manifestarem, que precisam, especialmente em crianças, de um espaço maior de tempo para que o diagnóstico seja certeiro”, ressalta Kátia.
Outra reclamação foi do atendimento médico, especialmente na parte da Pediatria. “Todos os médicos que trabalham no CMH são formados, têm diploma válido em todo o território nacional, possuem o seu registro regular no Conselho Regional de Medicina do Paraná e estão aptos e capazes de realizar atendimentos. Na Pediatria, o médico leva em consideração o relato do responsável pela criança durante a consulta. O CMH atende casos de urgência/emergência em crianças também, mas também recebe casos de doenças agudas. O atendimento mais especializado, para acompanhamento da criança, deve ser feito na UBS ou com um médico particular à escolha dos responsáveis”, esclarece Daniele Fedalto.
Pacientes ou responsáveis que acreditem que o atendimento não foi eficaz, ou teve problemas durante a sua consulta, devem relatar por meio do telefone 156, para apuração dos fatos, feita pela Secretaria de Saúde.
Para o mês de julho está previsto a implantação do Protocolo de Manchester, que classifica a gravidade por meio de cores. A partir da metade do ano, os pacientes receberão um adesivo que identificará sua gravidade, cor essa também indicada no seu prontuário.
Unidade Básica de Saúde
Um leitor relatou à Folha que há duas semanas tentava marcar uma consulta na Unidade Básica de Saúde do Centro, havia chegado – pela segunda vez – na UBS às 05h30 e pego uma senha de número 28. Depois de muito tempo sentado, no aguardo de ser chamado, procurou a recepção para saber se iria demorar e foi avisado que o atendimento seria feito somente até a senha 18. Revoltado com a situação, ele chegou a publicar um vídeo denunciando a situação e disse que se sentiu até mesmo ignorado pela atendente.
Suelen Bromann, responsável técnica da Enfermagem do município, explicou que naquele dia houve um problema de comunicação, e que a coordenação não estava lá para fazer o acolhimento dos pacientes. Entretanto, ela ressalta que a UBS do Centro foi escolhida para receber um projeto piloto, elaborado pelo Ministério da Saúde, em que o cidadão não será atendido por ordem de chegada e, sim, de acordo com o quadro clínico.
Assim, a partir da desta semana, os pacientes passarão pelo acolhimento da equipe de enfermagem e terão seus encaminhamentos, assim como consulta com médico clínico, quando necessário. Como projeto-piloto, nesse momento, na Unidade de Saúde do Centro, não serão distribuídas as senhas para demanda espontânea. O fluxo de atendimento para dores agudas é para o período da manhã, visto que no período da tarde permanecerá o agendamento das consultas dos programas para hipertensos, diabéticos, idosos, gestantes e saúde mental.
“Precisaremos contar com a colaboração dos usuários da UBS do Centro, para que esse projeto seja implantado da melhor forma possível, pois a partir da avaliação dele, seguiremos para as demais Unidades de Campo Largo em um futuro breve”, acrescenta Suelen.
Da mesma forma, ela recomenda que caso alguém se sinta desrespeitado na unidade, deve procurar registrar uma denúncia pelo telefone 156.
“As pessoas precisam entender que existe todo um processo durante o atendimento. Na vacina, por exemplo, é preciso verificar lote e todo o cartão vacinal, registrar da forma correta, para que no futuro ela tenha acesso, se precisar, além de tudo precisar ser justificado”, explica Leoni dos Santos, responsável pelo Departamento Vigilância em Saúde.
Vacinas contra a Febre Amarela e Gripe
Leoni dos Santos, responsável pelo Departamento Vigilância em Saúde, ressalta que a vacinação contra a Febre Amarela está em fase de intensificação e neste sábado (13) acontece a vacinação no interior do município, nas UBS do Interior do Itambezinho, São Silvestre, São Pedro, Três Córregos e Santa Cruz. “É de extrema importância que pessoas que fazem parte do quadro que há indicação para a vacinação procure uma UBS, a mais próxima da sua residência, para ser imunizado”, adverte.
Está sendo iniciada também a campanha de vacinação contra a gripe em 2019. Neste primeiro momento serão imunizados crianças entre 06 meses até 05 anos 11 meses e 29 dias, gestantes e puérpera (fase em que se encontram mulheres que acabaram de dar à luz). Algumas crianças precisarão tomar a dose em duas etapas – sendo a segunda dose após 30 dias da primeira – porém, somente a enfermeira será capaz de classificar a necessidade.
Os outros grupos terão acesso à vacinação a partir do dia 22 – quando inclui idosos, trabalhadores da Saúde, professores das escolas públicas e particulares, população indígena, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, adolescentes e jovens que cumprem medida socioeducativa (de 12 a 21 anos), presos e funcionários do sistema prisional