Cuidar da própria saúde tem um poder transformador para a pes­soa que começa a olhar mais para si, mas também o que ela começa a re­presentar para as pessoas ao seu redor. Quando cuidamos mais da nossa saúde, também mostramos preocupação com quem a gente ama. Mas, às vezes, a cor­reria do dia a dia não nos faz valorizar o que é o mais importante: nossa vida, nossa saúde. Precisamos estar bem para todo o resto fluir. Então escolhemos, nes­te especial de Saúde, dar um exemplo real de mudança de vida e que representa bem esse poder transformador, em todos os sentidos.

Escutar do cardiologista que o coleste­rol estava muito alto e se continuasse da­quele jeito - com 95Kg e quase 50% de gor­dura corporal - não teria um futuro muito longo, fez a empresária Ana Mamakin (35) mudar completamente seu estilo de vida. Para ter qualidade de vida e um dia pensar em ter filhos, era preciso fazer diferente. “Foi um balde de água fria porque era para cortar muitas coisas na alimentação para perder peso e reduzir colesterol”, lembra ela, detalhando que o médico falava muito sobre a circunferência do abdômen, por­que acima do recomendado há maiores chances de sofrer infarto.

“Sentia muita vergonha pela estética e saúde. Subia um lance de escada e já era muito esforço, não tinha disposição para nada. Me sentia sempre cansada, com sono, não tinha vontade de fazer as coisas, além de comer e ficar em casa”, declara. Relatou uma situação no sho­pping uma vez em que chegava a se es­conder quando encontrava pessoas que já tinham a conhecido magra, pois tinha vergonha se a vissem. Um dia pegou uma conversa sem querer de uma mulher falando que ela “estava enorme” e as­sim ela foi vendo o quanto precisava mudar. Já tinha passado por períodos de efeito sanfona e precisava ter novos hábitos.

Isso aconteceu em 2011, quando acabou fi­cando por quatro meses com balão intragástrico e nesse período eliminou quase 30Kg. Desde então começou uma reeduca­ção alimentar e foi conse­guindo emagrecer ainda mais. Em 2016 começou a praticar atividade física e adquiriu um verdadeiro amor por se cuidar. “Sem­pre é tempo de se cuidar, se sentir bem consigo mesmo”, enfatiza.

“Com certeza o mais difícil foi mudar os hábitos alimentares, temos a cultura de comer muito carboi­drato e desde pequeno com hábitos er­rados”, enfatiza. Conta que era pão de queijo de manhã, misturava carboidra­tos no almoço, como macarrão e arroz, à tarde mais lanches, à noite pizzas, san­duíches, e quanto mais comia embuti­dos mais a estimulava a comer errado. “É preciso ir mudando o paladar, sentir melhor o gosto da comida e o benefício que a alimentação saudável traz. A gente se sente muito melhor, mais disposto”, completa.

Hoje, para ela é um prazer se exercitar. “Amo fazer atividade física, musculação, pole fit, pilates. Estou sempre inventando alguma coisa. Alimentação é um desafio porque eu gosto de comer hambúrguer, batata frita, mas durante a semana me seguro muito e me permito uma refeição livre na semana, o que minha nutricionis­ta diz que uma vez não vai ter impacto negativo no corpo. Assim, faz com que eu me mantenha na linha. É muita disciplina, dedicação. Com exercício físico e alimen­tação o corpo se transforma”, declara ela, que estimula as pessoas próximas a se cuidarem e dá uma dica de sempre tira­rem fotos para acompanhar os resultados e comparar a evolução.

Toda essa disciplina em se cuidar pro­porcionou também outros benefícios a ela. Diz que era muito estressada e pas­sou por momentos depressivos, mas hoje é uma pessoa muito mais tranquila. “Mudar de vida mudou a pessoa que eu sou hoje.” Com 40Kg a menos também se relaciona muito melhor com o marido, fa­mília, se anima em fazer programas com amigos. Os exames apontam melhora expressiva da saúde, não tem mais pro­blema com colesterol e a gordura do ab­dômen hoje é quase inexistente – possui apenas 16% de gordura no corpo, percentual de quem se cuida bastante.

Afirma que levará es­ses novos hábitos para o resto da vida, porque a deixa muito mais fe­liz, saudável. Ela quer ter a melhor versão, mantendo com muita disciplina, dedicação e persistência, pois sabe que as mudanças e evoluções são gra­dativas. “Quando me imagino daqui 20 anos, me imagino saudável, em que as pessoas me olham e me admiram. Porque a saúde de dentro a gente mostra para fora. Quero com certeza continuar me cuidando para ter uma velhice saudável, ati­va”, conclui.