Construção docondomínio tem trazidodores de cabeça parapopulação da região
De início eles já deixam claro: “não somos contrários à construção do condomínio, mas queremos garantir que os moradores que estão aqui há décadas não serão prejudicados”, porém, com o desmatamento e início das obras tem sido difícil dormir tranquilamente, especialmente nos dias de chuva, para os moradores da Avenida dos Expedicionários. Cada vez que a chuva vem mais forte, sobe um centímetro de água na rua e o medo da água invadir as casas novamente aparece.
Durante a chuva de quarta-feira (13), um muro foi estourado com a força da água. “Nós não estamos falando de algo pequeno, mas se tivesse alguém ali quando o muro estourou poderia ter se ferido gravemente ou morrido. É algo realmente sério essa nossa situação”, relata o morador.
Os moradores disseram, ainda, que há alguns anos existia o problema de chuvas intensas e alagamentos na Avenida, porém após a construção de galerias para canalização da água da chuva isso parou de acontecer. “Depois que eles começaram a desmatar, para construir, todas as vezes que chove escorre uma água lamacenta, que invade a rua, mas não tem força suficiente para atravessá-la, fica parada. Nosso medo é que essa lama entupa os bueiros e as galerias e volte a invadir as casas. Estamos procurando ajuda porque está próximo disso acontecer, pois nessa quarta-feira choveu e a água ficou por centímetros de entrar nas casas.”
Eles também comentam que já procuraram a Prefeitura que intermediou toda a situação com a responsável pelo projeto, a construtora Lyx Engenharia, registraram protocolos com provas da situação, reunindo fotografias e testemunhas. Foram convocados para uma reunião, em que ficou certo que haveria intermediação. Segundo eles, a Prefeitura chegou a exigir que a construtora adotasse medidas de contenção da água da chuva, porém ainda nada foi feito.
Resposta
A Redação entrou em contato com a responsável pela obra, a construtora Lyx Engenharia, que explicou que todas as medidas cabíveis, de acordo com o que foi instruído pela Prefeitura, já estão sendo feitas pela equipe para que isso não torne a acontecer. O muro que caiu com a força da água pertence ao próprio condomínio.
A Prefeitura disse por nota: “A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente já notificou a empresa responsável pela obra na manhã de quinta-feira (14), quando os fiscais municipais estiveram averiguando a situação no local. Foi solicitado, dentro de um prazo de 48 horas, que a empresa apresente o projeto de drenagem das águas pluviais em ordem e a licença de instalação do empreendimento, concedida pelo IAP. Caso as alterações para segurança não sejam atendidas em 48 horas, a contar da data de hoje, a Prefeitura autuará a empresa em no mínimo R$ 5 mil, podendo chegar até R$ 5 milhões, cabível de embargo de toda a obra (...)”.
ATUALIZAÇÃO: A Lyx Engenharia procurou a Folha de Campo Largo para esclarecer que já existe um cronograma para resolução do problema apresentado. Assim que concluída a obra, serão prestadas mais informações aos leitores. Matéria atualizada em 25/03/2019 - às 11h19min