Conhecidos também como guarda-roupa cápsula, a modalidade tem atraído cada vez mais adeptos. Confira dicas de como montar um
Viver com um número limitado de peças de roupas, mas conseguir com eles várias opções de “looks” pode parecer impossível para alguns, mas já é realidade para muitas pessoas. A modalidade de guarda-roupas inteligente, ou guarda-roupas cápsula, não é completamente nova, porém tem sido bastante adotado por aqueles que buscam o modo mais sustentável de consumo.
A consultora de imagem Louise Schon, explica que o termo guarda-roupas inteligente é dado para aquelas pessoas que adquirem peças coringas, que conversam uma com as outras e que tem utilização de 100% das roupas naquela estação. “Esse é um bom momento para começar a planejar um guarda-roupas inteligente, pois é o momento de abaixar as roupas de inverno, momento em que você analisa o que tem para começar a pensar em adquirir peças novas. O grande truque é lembrar se você usou aquela blusa, casaco, bota no ano anterior durante a estação. Se não usou, você pode doar ou vender em brechós online – desde que as peças estejam em bom estado. Depois desse desapego, você vê o que ficou e começa a listar o que precisa.”
Louise diz que ao escrever o que precisa ser comprado, as chances de adquirir peças desnecessárias são bem menores. Um bom armário é composto por peças de qualidade, por isso, a consultora indica que é necessário saber o que está comprando, verificar tecidos, costuras, botões, zíperes, etc. Para quem pretende montar um guarda-roupas inteligente, investir em peças de tecidos naturais são uma boa opção, pois podem ser mais duradouros. A consultora ressalta a importância da lavagem correta das peças, para evitar o desgaste das mesmas.
“Na hora de analisar as peças que você já tem, procure perceber se você tem boas peças de casaco preto, blazer, calça jeans tradicional e uma preta, calça alfaiataria, blusa de lã, saia lápis mais clássica ou saia reta clássica, camisetas de manga curta e comprida, uma camisa boa e bonita, para homens um terno de boa qualidade. Sempre indico a comprar roupas de maior qualidade, ainda que sejam mais caras, pois elas irão, facilmente, durar por muitos anos, evitando assim um gasto desnecessário e frequente”, indica.
Ela também fala sobre a importância de segurar os impulsos na hora de comprar e analisar bem se o produto escolhido irá combinar com o restante das peças que já possui ou que serão adquiridas. Outra dica bem importante passada por Louise é buscar comprar roupas em lojas distintas, embora a coleção já seja pensada em fazer combinações. Segundo ela, dessa forma é possível abrir mais o olhar para novas ideias e também para novos tecidos, modelagens e até mesmo preços – porém, nada impede de conservar a fidelidade em apenas uma loja também.
Um lugar especial
Embora os guarda-roupas inteligentes sejam compostos de poucas peças, nada impede a pessoa de ter algumas peças diferentes para comporem o look. “É possível ter peças que estão na moda sim, mesmo dentro desse formato. Se agradou à pessoa determinada peça que está em alta, ela pode adquirir, por exemplo, a roupa em fast fashions, ou lojas de departamento, que são peças boas, com preços acessíveis e capazes de satisfazer aquele desejo. Assim como ter peças coloridas – pois o guarda-roupas inteligente trabalha com cores mais neutras, como preto, branco, cinza, tons de azul ou verde mais escuros, marrons, entre outros – estampadas, listras, xadrez. Tudo sempre irá depender muito da personalidade da pessoa e também do que ela se sente confortável em usar”, aconselha.
Sapatos, bolsas e acessórios
Louise diz que é possível economizar também na hora de escolher os sapatos. “Se a mulher não usa ou não se sente confortável com o salto, não precisa ela ter três pares de sapatos extremamente altos, pois eles ficarão apenas guardados. Tudo vai do autoconhecimento, saber o que se sente a vontade e o que vai usar. Isso gera uma grande economia no final. É importante ter, em um armário feminino por exemplo, um sapato de salto mais neutro, para eventos especiais, bota de cano curto e outro longo, sapatilha, tênis, rasteirinha, sandália e chinelo”, diz.
Na hora de comprar bolsas, o segredo para não errar é adquirir do tamanho médio, em cores mais neutras, pelo menos duas de boa qualidade, para evitar o desgaste. Acessórios como echarpe, cintos, joias, entre outros podem apresentar uma variação maior de cores, pois compõe o restante do visual, porém sempre seguindo a linha da sustentabilidade.