No futuro, Campo Largo poderá receber uma extensão para o Hospital do Rocio
Foi anunciado na manhã desta terça-feira (26), pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), o reajuste da tarifa do transporte coletivo válido para toda a Região Metropolitana de Curitiba, que tornou a passagem para ônibus da integração no valor de R$ 4,50 – aumento de 25 centavos. As linhas diretas, como Campo Largo – Araucária, que passa por Curitiba, permanece em R$ 6,50, assim como o Itambé permanece em R$ 4,90. A linha Campo Largo/Balsa Nova também está custando R$ 4,50. As novas tarifas são válidas a partir desta quinta-feira (28).
O aumento foi de 3,70%, abaixo da inflação do acumulado entre fevereiro de 2017 e janeiro de 2019, período que a tarifa ficou congelada. O Governo do Paraná anunciou um subsídio de R$ 150 milhões para o transporte, o que possibilitou segurar o reajuste abaixo da inflação.
A Folha de Campo Largo ouviu os usuários, para saber o que eles acharam do aumento anunciado. A grande maioria se mostrou insatisfeita com o valor cobrado pelas passagens e disse considerar caro em comparação ao serviço prestado.
“Nós temos um fluxo grande de pessoas para uma oferta pequena de viagens. Esse quadro piora ainda mais quando pensamos em horários de pico. O intervalo entre um ônibus e outro das 18h às 18h30 em dias úteis é de oito minutos. Se você pensar que o Terminal Campina do Siqueira é o principal ponto para conexão entre Curitiba - Campo Largo, e neste mesmo terminal existem mais de dez linhas operando, isso gera uma grande aglomeração de pessoas – sem considerar quando chove, atrasa, tem acidente na BR. O principal problema é que os gestores públicos não dependem desse tipo de transporte, não enfrentam um ônibus lotado depois de um longo dia de trabalho. A lógica usada parece que é: quando não se tem um serviço de qualidade você ‘premia’ com aumento de lucro.”
Outra usuária também abordou a situação da falta de integração entre o transporte ofertado. “Acho que é importante para os cidadãos a reintegração do transporte coletivo, sim. Quando ocorreu a desintegração, além de termos que fazer uso de dois cartões, no caso Urbs e Metrocard, houve o encurtamento de linhas, gerando mais baldeações de ônibus para chegar em lugares mais acessados de Curitiba, além de redução na frota e superlotação nos ônibus. Nosso desejo com uma integração é que contribua com o número adequado de ônibus, itinerários mais adequados e melhore a qualidade no percurso para os usuários que diariamente percorrem estes trajetos, que parem com os ‘joguinhos políticos’ e realmente pensem no bem-estar do cidadão, até porque esse é o papel das pessoas que foram eleitas.”
Tanto a Comec como a Transpiedade responderam à Folha de Campo Largo que não haverá integração do ligeirinho e demais linhas intermunicipais com as linhas ofertadas dentro do município. O site da Comec esclarece ainda que “a integração entre Campo Largo e Curitiba está mantida, pois o usuário pode se deslocar entre os dois municípios, através dos ônibus da RIT/M, pagando apenas uma tarifa. O usuário embarca em um ônibus da RIT/M em Campo Largo e se dirige até o Terminal Campina do Siqueira. Ao desembarcar dentro do terminal, pode se integrar com as demais linhas, sem precisar pagar uma nova tarifa”.
Extensão
Foi anunciada pela Comec uma extensão da linha Terminal Campina do Siqueira/Terminal Urbano de Campo Largo, visando atender a demanda do Hospital do Rocio. Diariamente, em vários turnos, muitos colaboradores precisam caminhar quase dois quilômetros para chegar ao local de trabalho – da mesma forma os pacientes. A intenção é que no futuro a linha passe pelo Ferrari, vá até o Hospital do Rocio e então para o terminal, porém ainda estão sendo feitos estudos para analisar como será a logística e a im plantação.