Domingo às 24 de Novembro de 2024 às 10:24:52
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Comec anuncia reajuste e campo-larguenses pagarão R$ 4,50 na passagem do ligeirinho

No futuro, Campo Largo poderá receber uma extensão para o Hospital do Rocio

 Comec anuncia reajuste e campo-larguenses  pagarão R$ 4,50 na passagem do ligeirinho

Foi anunciado na manhã desta terça-feira (26), pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), o reajuste da tarifa do transporte coleti­vo válido para toda a Região Metropolitana de Curitiba, que tornou a passagem para ônibus da integração no valor de R$ 4,50 – aumento de 25 centavos. As linhas diretas, como Campo Largo – Araucária, que passa por Curitiba, perma­nece em R$ 6,50, assim como o Itambé permanece em R$ 4,90. A linha Campo Largo/Balsa Nova também está custan­do R$ 4,50. As novas tarifas são válidas a partir desta quin­ta-feira (28).

O aumento foi de 3,70%, abaixo da inflação do acu­mulado entre fevereiro de 2017 e janeiro de 2019, perí­odo que a tarifa ficou congelada. O Governo do Paraná anunciou um subsídio de R$ 150 milhões para o trans­porte, o que possibilitou segurar o reajuste abaixo da in­flação.

A Folha de Campo Largo ouviu os usuários, para sa­ber o que eles acharam do aumento anunciado. A grande maioria se mostrou insatisfeita com o valor cobrado pelas passagens e disse considerar caro em comparação ao ser­viço prestado.

“Nós temos um fluxo grande de pessoas para uma ofer­ta pequena de viagens. Esse quadro piora ainda mais quan­do pensamos em horários de pico. O intervalo entre um ônibus e outro das 18h às 18h30 em dias úteis é de oito mi­nutos. Se você pensar que o Terminal Campina do Siquei­ra é o principal ponto para conexão entre Curitiba - Campo Largo, e neste mesmo terminal existem mais de dez linhas operando, isso gera uma grande aglomeração de pessoas – sem considerar quando chove, atrasa, tem acidente na BR. O principal problema é que os gestores públicos não depen­dem desse tipo de transporte, não enfrentam um ônibus lo­tado depois de um longo dia de trabalho. A lógica usada parece que é: quando não se tem um serviço de qualidade você ‘premia’ com aumento de lucro.”

Outra usuária também abordou a situação da falta de integração entre o transporte ofertado. “Acho que é impor­tante para os cidadãos a reintegração do transporte coleti­vo, sim. Quando ocorreu a desintegração, além de termos que fazer uso de dois cartões, no caso Urbs e Metrocard, houve o encurtamento de linhas, gerando mais baldea­ções de ônibus para chegar em lugares mais acessados de Curitiba, além de redução na frota e superlotação nos ônibus. Nosso desejo com uma integração é que contribua com o número adequado de ônibus, itinerários mais ade­quados e melhore a qualidade no percurso para os usuá­rios que diariamente percorrem estes trajetos, que parem com os ‘joguinhos políticos’ e realmente pensem no bem­-estar do cidadão, até porque esse é o papel das pessoas que foram eleitas.”

Tanto a Comec como a Transpiedade responderam à Folha de Campo Largo que não haverá integração do ligeiri­nho e demais linhas intermunicipais com as linhas ofertadas dentro do município. O site da Comec esclarece ainda que “a integração entre Campo Largo e Curitiba está mantida, pois o usuário pode se deslocar entre os dois municípios, através dos ônibus da RIT/M, pagando apenas uma tarifa. O usuário embarca em um ônibus da RIT/M em Campo Largo e se dirige até o Terminal Campina do Siqueira. Ao desem­barcar dentro do terminal, pode se integrar com as demais linhas, sem precisar pagar uma nova tarifa”.

Extensão

Foi anunciada pela Comec uma extensão da linha Ter­minal Campina do Siqueira/Terminal Urbano de Campo Largo, visando atender a demanda do Hospital do Rocio. Diariamente, em vários turnos, muitos colaboradores pre­cisam caminhar quase dois quilômetros para chegar ao lo­cal de trabalho – da mesma forma os pacientes. A intenção é que no futuro a linha passe pelo Ferrari, vá até o Hospital do Rocio e então para o terminal, porém ainda estão sen­do feitos estudos para analisar como será a logística e a im plantação.