Em maio de 1989, a então pequena Sabrina Amorim Vieira, de 05 anos, dava uma entrevista singela ao jornal. 30 anos mais tarde, a Folha recriou essa entrevista
Em maio de 1989, a então pequena Sabrina Amorim Vieira dava uma entrevista singela ao jornal. Sabrina, com 05 anos, estudava no Reino da Loucinha e como outras meninas da sua idade – também entrevistadas pelo jornal em alguma das suas edições – tinha como sonho ser modelo, dançarina, cantora e empresária. Ela ainda guarda a edição com a entrevista em seu álbum de infância.
Sabrina cresceu e 30 anos se passaram desde a sua entrevista e novamente o jornal a convidou para ser entrevistada, na intenção de recriar o quadro Ponto de Encontro.
Apesar de ter almejado na infância as profissões citadas acima, Sabrina acabou buscando caminhos bem diferentes profissionalmente. Ela é formada em Biologia e atualmente trabalha na Caixa Econômica Federal, em Curitiba, porém continua morando em Campo Largo.
Uma das perguntas que Sabrina respondeu naquele dia era “em que você pode ajudar a preservar a natureza?”. Sua formação acabou entregando que é bastante preocupada com o Meio Ambiente. “Hoje, com a minha visão de adulta do mundo, falaria sobre o respeito e cuidado ao Meio Ambiente. Entendo o ser humano como parte de um ambiente e que temos que ser ativos em sua preservação. Lembro que perguntaram sobre animais de estimação e eu ainda tenho em casa.”
Outra pergunta feita para Sabrina era sobre televisão e escola. “Naquela época acabei respondendo que a escola é mais importante que a TV, que ‘na escola eu aprendo a ler e escrever e na televisão só escuto o que eles falam’. Acabei sendo professora do Estado por um período de oito anos, quando eu dava aula de Biologia, Química e Física, e hoje, no meu trabalho atual, continuo como instrutora da empresa. Vejo e penso que só através da Educação o ser humano é capaz de transformar a si mesmo e também o mundo em que ele vive”, diz ela.
Sabrina conta, ainda, que sempre foi bastante incentivada pela família a estudar. “Aprendi a escrever em casa antes de ir para escola, copiando o nome escrito na roupa das bonecas. Desde pequena minha mãe me ensinou que se quisesse seguir qualquer caminho de sucesso na vida teria que estudar, e o melhor é que gostei”, revela.
Os medos também mudaram: “Nessa entrevista eu disse que os meus maiores medos eram de barata, cobra e besouro. Mas posso dizer que mudou, pois hoje os meus medos têm mais relação com as pessoas, medo da violência que estamos expostos, por exemplo. Tenho uma filha de 09 anos e a insegurança me dá mais medo que barata”, declara.
Para finalizar, a Sabrina no passado havia deixado a seguinte mensagem: “gostaria que soubessem que criança gosta muito de ganhar brinquedo”. Com a nova oportunidade de deixar uma mensagem, Sabrina declara: “Tem uma frase que gosto muito, que diz que ‘a vida não é sobre metas, conquistas e linha de chegada. É sobre quem você se torna durante a caminhada’. Diria às pessoas que a vida é efêmera e as vezes gastamos muito tempo com aquilo que não é o mais importante. Aprendi com a vida que estar presente é mais importante que dar presente, mas como dizia a Sabrina do passado, se for presentear uma criança, elas preferem brinquedos”.