Nestes 30 anos a Folha cativou vários leitores fiéis ao impresso. Confira a história de dois leitores que não perdem uma edição
Todo o trabalho que é feito durante a semana é sempre pensando no consumidor final: o leitor. O que move a vida profissional do jornalista é a informação e principalmente o seu público fiel, que o acompanha a cada novo texto.
Sabemos que há pessoas que aguardam chegar a entrega dos jornais, na sexta-feira cedinho, e que chegam a brigar com o entregador se ele não chega no horário habitual. Também conhecemos a história de um estudante de Jornalismo que deseja trabalhar no jornal. São muitas histórias contadas e espalhadas por todos os mais de 80 pontos de venda da Folha de Campo Largo ou que podem ser compartilhadas pelos seis jornaleiros, que há anos saem todas às sexta-feiras para vender a edição.
Para esse especial, a Folha conversou com dois leitores assíduos, que mesmo com o advento da internet e as facilidades de ter tudo à palma da sua mão, não deixam de dar preferência ao ritual de comprar o jornal.
Um desses leitores é o senhor José Cavalin, mecânico aposentado, e que reserva consigo o hobby de ler o jornal inteiro, desde o seu lançamento, há 30 anos. “Para mim, esse é o jornal mais completo que existe em Campo Largo. Pode ser que um dia a Folha seja alcançada, mas jamais será superada. Gosto da forma que são abordados os assuntos, da forma que é escrita e leio ele inteiro, todas as páginas e anúncios, vejo tudo. Os jornais não podem parar de imprimir suas edições, sempre há leitores que preferem o papel.”
Cliente de uma banca de jornais bem no Centro, José sempre adquire seu exemplar aos sábados à tarde, quando também gosta de conversar com os amigos. “Antigamente tinha uns meninos que passavam lá na oficina vendendo a Folha, e eu sempre comprava. Hoje eu já sou aposentado e aproveito para comprar no fim de semana, sempre aos sábados”, conta.
Entre as suas principais leituras estão a Alça de Mira, e o prestígio ao amigo de longa data, o colunista da Folha Lauro Perússolo. Ele conta que gostava muito de ler quando havia mais anúncios de imobiliárias, mostrando os imóveis que estavam à venda, assim como ainda gosta de ler sobre os carros anunciados nos Classificados. “Tem ainda as Notas de Falecimento, em que podemos ver se tem algum conhecido que faleceu durante a semana e não ficamos sabendo. É uma forma também de pesar, homenagear”, revela.
Perguntado se acessa a página do jornal na internet, seu José diz que não o faz e que sua preferência prevalece pelo impresso. “Continuem o trabalho, porque ele é História, é parte do município, que jamais deve parar”, finaliza.
Colecionadora
Outra leitora assídua da Folha é a professora Maria Luiza Borges, que desde 1990 não deixa de ler uma edição sequer da Folha de Campo Largo. Ela ainda vai além, pois coleciona e guarda com carinho essas edições.
“Gosto muito de acompanhar o jornal impresso, o físico, não sou muito adepta à versão digital. Gosto muito de ler matérias dos bastidores da política, matérias relacionadas à saúde e bem-estar, as páginas que trazem as matérias policiais e dos falecimentos são o que mais chamam minha atenção”, revela.
Perguntada se já teve histórias contadas no jornal e que marcaram sua memória, ela relembra de dois assuntos recentes e bastante comentados na cidade. “Lembro-me muito bem da matéria publicada em 2017 sobre os gêmeos que nasceram aqui e que a mãe teve morte cerebral. Também gosto muito de ler as matérias sobre o menino Cauã Lopes, que venceu a leucemia. Acredito ser impossível não se emocionar com essas histórias.”