Participar das festas de igreja é uma tradição campo-larguense, mas poucos sabem o trabalho que está nos bastidores
Quase todas as semanas tem festas acontecendo em vários bairros de Campo Largo. Geralmente são grandes eventos, em igrejas católicas muito bem frequentadas, com missa, almoço, festival de prêmios, leilão, rifa, pastel e tudo mais o que a paróquia pode oferecer. Porém, há muitas pessoas que ainda não sabem todo o trabalho e empenho dos voluntários para que a festa seja feita da melhor maneira possível.
A organizadora Eliane Slompo, coordenadora do Conselho Comunitário Pastoral (CCP) da Capela São Roque, do Botiatuva, explica que há um calendário anual, previamente apresentado e aprovado, para que então as preparações possam começar o quanto antes possível. “Os trabalhos iniciam em torno de dois meses antes do grande dia. Iniciamos com a confecção dos cartazes e com a divulgação. Um mês antes da festa fazemos os trabalhos de limpeza do pátio, depois, a limpeza do barracão e da cozinha. Também nos preparamos com encomendas dos ingredientes do almoço e das bebidas.”
O número de voluntários fica em torno de 130 pessoas, e todos os fiéis são convidados a ajudar. “A maior parte dos trabalhos são feitos na semana que antecede a festa. Nessa semana fazemos bolachas e organizamos os últimos detalhes. No sábado, iniciamos os trabalhos bem cedinho. São feitos os bolos, temperos de carnes, descascamos batatas, cebolas e outros preparativos do almoço que é preparado com muito cuidado e carinho”, revela.
Quando chega o grande dia, alguns voluntários começam a trabalhar por volta das 3 horas da madrugada, mas a a maioria dos trabalhos iniciam as 5h30min. “Temos muitas equipes envolvidas. As pessoas que trabalham na cozinha e na churrasqueira são os primeiros a chegar, pois os demais organizadores vão se juntando aos que já estão trabalhando. Ninguém para no dia, para que tudo saia o mais próximo da perfeição”, diz.
“Fazemos a oração da comunidade bem cedinho, pedimos para que tudo corra bem durante o dia e que as pessoas que nos visitam sintam-se bem acolhidas e passem um domingo agradável conosco. Todas as pastorais e movimentos são envolvidos na festa. É um momento de união da comunidade. Rezamos juntos nos tríduos, trabalhamos juntos na cozinha, na churrasqueira e em tantos outros trabalhos que fazemos, sempre com muita fé e amor”, finaliza.